*Música: 바래진 기억에
*Artista: Park Ji Yoon
*Direção: Kim Joon Hong/Zany Bros
*Lançamento: abril, 2009
*Em: 꽃, 다시 첫번째
*Estilo: (K) ballad, dream pop, melo pop, soft rock
*Single
Quebrando todas as expectativas, Park Ji Yoon (박지윤) voltou à cena musical. Reinventou seu som, mas ainda assim manteve a tendência de estar presente em seu clipe, mesmo que desta vez não fosse preciso nenhuma contagem de passinhos de dança.
Como single, 바래진 기억에 teve o prazer de virar vídeoclipe e contra todas as indicações, não ganhou historinha, mas nem por isso deixou de ser único, pois a seu próprio modo ele conta tudo o que precisamos saber sobre esta canção. E nos ensina que ás vezes, menos pode ser mesmo mais.
QUADRO-A-QUADRO
1) A câmera vem circulando lentamente uma grande tenda (que parece ter sido montada em dois níveis) formada por cortinas diáfanas e iluminada por refletores. Na tenda vislumbramos dois blocos brancos e uma pessoa de preto, sentada.
2) Corta para a câmera dentro da tenta girando mais rapidamente em volta da pessoa. É Park Ji Yoon.
3) A partir de então entrecortam-se câmeras de diversos ângulos e efeitos de filmagem da cantora:
4) Durante as transições alguns closes são feitos em partes especificas de Park ou de objetos no set.
5) Ela se levanta e os entrecortes agora são feitos de forma menos suave, com cortes que vão de fora para cima, rodando, desfocando, se afastando e se aproximando.
6) Em um novo set, Park aparece em frente a um grande espelho enquanto penas caem. Aqui ela usa uma roupa mais clara.
7) Voltamos para a tenda, onde Park se senta em um bloco branco iluminado.
8) Novo entrecorte entre a cena do espelho, a do bloco e uma com a tenda rodando enquanto Park se mantém parada.
9) O clipe fecha com Park deitada no bloco que brilha, desfocando enquanto se afasta.
ELEMENTOS
Como representação física e visual mais importante temos o círculo. A tenda montada está em forma circular e diversas partes do clipe mostram cenas que rodopiam, inclusive a cantora roda em um determinado momento.
Esse círculo ou ideia de circular, nada mais é do que uma delimitação da área que a pessoa traça por considerar sagrada ou de extrema importância, exprimindo ideias de fixação e/ou concentração. Também podendo indicar que as áreas periféricas (que estão fora) estão subordinadas ao centro.
Resumindo essas interpretações, temos uma constante indicação de que o momento indicado é aquele que une todos os outros momentos que estão em volta, mas ao mesmo tempo esse momento importante precisa ser sempre indicado como importante ou se perderá. Entrando assim a imagem em contato com a mensagem da canção.
O movimento circular também está ligado à um vivenciar forças obscuras e luminosas do ser humano aqui trazidos pelos refletores e por Park, vestida de preto, como se ela estivesse em um momento negro e envolta pela luz daquele instante que é a fonte vital daquilo que é/foi bom em sua vida.
A ideia de que Park traduz a tristeza profunda (em preto) mesmo estando cercada de luz (também a Representação Divina) nunca é perdida. Seja ao mostrá-la envolta em luz, luzes ou pontos brilhantes.
A luz e o circulo se fundem em momentos onde há refração e notamos círculos luminosos aparecerem na tela.
Como a refração é um efeito que depende também da água temos um simbólico copo com água. Apesar de ser normalmente associado com rituais, o objetivo de se ter um copo com água presente, é uma fluidificação daquela água, ou seja, uma energização do elemento com energias e fluidos mais intensos, mais puros. Daí a ideia de que a água purifica.
O copo é direcionado a Park e pode indicar sua necessidade de um equilíbrio entre essas suas partes em descompasso. Essa ideia é claramente indicada como positiva, assim que Park toca no copo e depois se levanta como quem diz, ‘estou de pé novamente graças a energia recebida’.
O espelho ou a representação do reflexo traz consigo uma ambiguidade, podendo ser tanto a projeção real daquilo que se enxerga (verdade), quanto a simulação, uma imitação do real (aparência). Portanto, temos aqui a indicação de que na verdade Park realmente está em paz (vestida agora de branco com um bolero preto em um cenário escuro), embora encoberta por pequenos sinais de tristeza ou Park acha que está em paz, quando na verdade não está e aí retornamos para o cenário principal, onde ela está novamente de preto.
O espelho também pode ser entendido como um portal para a verdade e a purificação. Park pode tanto desejar continuar nas trevas (vestido escuro) quanto pode ir para o ‘outro lado do espelho’ e ser a pessoa que agora é feita de luz (vestido branco) – um espírito sem máculas.
E junto com isto tudo temos penas. Dependendo da cultura, o significado se modifica, mas vou trazer apenas as que se encaixam. Como parte das aves, penas indicam o ar em movimento, a liberdade, a ligação entre o céu e a terra. Ou simplesmente nos dizem que temos limites, mas podemos criar asas e alçar voos caso seja nosso desejo.
O cenário casa muito bem com o momento da letra:
--
Observando como um todo gostei muito do trabalho de câmera, que gira que desfoca, que se afasta, etc. Como esta canção fala sobre o ponto no qual você se recusa deixar algo de muito significado partir, ou quando você luta contra as forças do tempo que cada vez mais te afastam de algo que consideras precioso, essas ideias são representadas na letra pela perda, esquecimento, fraca lembrança desses momentos.
Quando a câmera vacila, desfoca, volta a focar e rodopia é como se ela nos mostrasse numa agregação do sensorial com o visual, como essas imagens mentais poderiam ser traduzidas para o físico.
Neste trecho:
BASTIDORES
Aqui algumas imagens de como foi a gravação deste vídeo.
RESUMO DA ÓPERA
- Definição: Muito subjetivo. Mesmo com as relações que traçamos, pode muito bem não ter nada a ver com nada.
- Som/Imagem: Em sincronia. A câmera segue de acordo com o compasso.
- Passando na TV: Fico até ver o pedacinho que mais gosto depois ignoro.
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Como single, 바래진 기억에 teve o prazer de virar vídeoclipe e contra todas as indicações, não ganhou historinha, mas nem por isso deixou de ser único, pois a seu próprio modo ele conta tudo o que precisamos saber sobre esta canção. E nos ensina que ás vezes, menos pode ser mesmo mais.
QUADRO-A-QUADRO
1) A câmera vem circulando lentamente uma grande tenda (que parece ter sido montada em dois níveis) formada por cortinas diáfanas e iluminada por refletores. Na tenda vislumbramos dois blocos brancos e uma pessoa de preto, sentada.
2) Corta para a câmera dentro da tenta girando mais rapidamente em volta da pessoa. É Park Ji Yoon.
3) A partir de então entrecortam-se câmeras de diversos ângulos e efeitos de filmagem da cantora:
- balançando, desfocando e instável;
- close no rosto e tempo um pouco mais lento (câmera lenta);
- rodando em volta de Park com mais velocidade.
5) Ela se levanta e os entrecortes agora são feitos de forma menos suave, com cortes que vão de fora para cima, rodando, desfocando, se afastando e se aproximando.
6) Em um novo set, Park aparece em frente a um grande espelho enquanto penas caem. Aqui ela usa uma roupa mais clara.
7) Voltamos para a tenda, onde Park se senta em um bloco branco iluminado.
8) Novo entrecorte entre a cena do espelho, a do bloco e uma com a tenda rodando enquanto Park se mantém parada.
9) O clipe fecha com Park deitada no bloco que brilha, desfocando enquanto se afasta.
ELEMENTOS
Como representação física e visual mais importante temos o círculo. A tenda montada está em forma circular e diversas partes do clipe mostram cenas que rodopiam, inclusive a cantora roda em um determinado momento.
Esse círculo ou ideia de circular, nada mais é do que uma delimitação da área que a pessoa traça por considerar sagrada ou de extrema importância, exprimindo ideias de fixação e/ou concentração. Também podendo indicar que as áreas periféricas (que estão fora) estão subordinadas ao centro.
Resumindo essas interpretações, temos uma constante indicação de que o momento indicado é aquele que une todos os outros momentos que estão em volta, mas ao mesmo tempo esse momento importante precisa ser sempre indicado como importante ou se perderá. Entrando assim a imagem em contato com a mensagem da canção.
O movimento circular também está ligado à um vivenciar forças obscuras e luminosas do ser humano aqui trazidos pelos refletores e por Park, vestida de preto, como se ela estivesse em um momento negro e envolta pela luz daquele instante que é a fonte vital daquilo que é/foi bom em sua vida.
A ideia de que Park traduz a tristeza profunda (em preto) mesmo estando cercada de luz (também a Representação Divina) nunca é perdida. Seja ao mostrá-la envolta em luz, luzes ou pontos brilhantes.
A luz e o circulo se fundem em momentos onde há refração e notamos círculos luminosos aparecerem na tela.
Como a refração é um efeito que depende também da água temos um simbólico copo com água. Apesar de ser normalmente associado com rituais, o objetivo de se ter um copo com água presente, é uma fluidificação daquela água, ou seja, uma energização do elemento com energias e fluidos mais intensos, mais puros. Daí a ideia de que a água purifica.
O copo é direcionado a Park e pode indicar sua necessidade de um equilíbrio entre essas suas partes em descompasso. Essa ideia é claramente indicada como positiva, assim que Park toca no copo e depois se levanta como quem diz, ‘estou de pé novamente graças a energia recebida’.
O espelho ou a representação do reflexo traz consigo uma ambiguidade, podendo ser tanto a projeção real daquilo que se enxerga (verdade), quanto a simulação, uma imitação do real (aparência). Portanto, temos aqui a indicação de que na verdade Park realmente está em paz (vestida agora de branco com um bolero preto em um cenário escuro), embora encoberta por pequenos sinais de tristeza ou Park acha que está em paz, quando na verdade não está e aí retornamos para o cenário principal, onde ela está novamente de preto.
O espelho também pode ser entendido como um portal para a verdade e a purificação. Park pode tanto desejar continuar nas trevas (vestido escuro) quanto pode ir para o ‘outro lado do espelho’ e ser a pessoa que agora é feita de luz (vestido branco) – um espírito sem máculas.
E junto com isto tudo temos penas. Dependendo da cultura, o significado se modifica, mas vou trazer apenas as que se encaixam. Como parte das aves, penas indicam o ar em movimento, a liberdade, a ligação entre o céu e a terra. Ou simplesmente nos dizem que temos limites, mas podemos criar asas e alçar voos caso seja nosso desejo.
O cenário casa muito bem com o momento da letra:
Park ao se ver refletida em luz e com penas, pode encontrar o momento no qual ela se liberta e se purifica. Como as penas caem, podemos usar aqui o antigo costume medieval de se soprar uma pena em encruzilhadas para saber qual dos caminhos tomar; sendo assim, se as penas caem, descem, Park também resolve descer, cair e logo a vemos de volta ao cenário principal, sentando, deitando, enquanto a câmera se distancia (ilusão do cair, caindo), mas ao mesmo tempo, seu corpo está envolto por uma luz brilhante.따뜻한 우리도 차갑게만 굳어져 버리고Nós, cálidos, estamos nos tornando insensíveis, por causa do frio (ambas interpretações)
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Observando como um todo gostei muito do trabalho de câmera, que gira que desfoca, que se afasta, etc. Como esta canção fala sobre o ponto no qual você se recusa deixar algo de muito significado partir, ou quando você luta contra as forças do tempo que cada vez mais te afastam de algo que consideras precioso, essas ideias são representadas na letra pela perda, esquecimento, fraca lembrança desses momentos.
Quando a câmera vacila, desfoca, volta a focar e rodopia é como se ela nos mostrasse numa agregação do sensorial com o visual, como essas imagens mentais poderiam ser traduzidas para o físico.
Neste trecho:
Podemos encontrar uma forma de resumir este clipe, assim como essa música.영원할 것 같았던 소중했던 추억까지도(memórias que eu pensei, iriam durar para sempre)떠나가 나를 혼자 외롭게 남겨두는 건(se foram, deixando-me completamente sozinha)
BASTIDORES
Aqui algumas imagens de como foi a gravação deste vídeo.
RESUMO DA ÓPERA
- Definição: Muito subjetivo. Mesmo com as relações que traçamos, pode muito bem não ter nada a ver com nada.
- Som/Imagem: Em sincronia. A câmera segue de acordo com o compasso.
- Passando na TV: Fico até ver o pedacinho que mais gosto depois ignoro.
Fonte: YouTube, moz1976, Naver*Posição: 6º - na lista de vídeos onde a câmera é a verdadeira protagonista.
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