abril 10, 2013

Nine: Episódio 2

Neste episódio, vamos juntos com os personagens aprender mais sobre o que exatamente está acontecendo por aqui, desde tumores cerebrais malignos inoperáveis até incensos supostamente alucinógenos e potencialmente mágicos que te transportam para uma dessas décadas que consegue ser tanto bizarra quanto legal. Ah, os anos 90.

RECAP EPISÓDIO 2

O episódio abre no hospital, onde um médico atende às emergências. Depois ele avista seus colegas (mais jovens) assistindo ao noticiário enumerando os feitos de Presidente Choi com sua pesquisa. Parece que ele também não vai muito com a cara do Presidente já que depois de perguntar aos colegas se eles não têm mais o que fazer, ele desliga a TV e vai para a sua sala.

Este é Han Young Hoon (Lee Seung Joon). Mal ele se acomoda em sua cadeira e seu celular toca – é Min Young do outro lado, ligando do Nepal. Ela pergunta se ele sabe o que está acontecendo com Sun Woo já que ele é seu melhor amigo.


Enquanto isso o resto da equipe de reportagens começa a se preocupar com ela, que está demorando muito para voltar. Quando um dos rapazes está prestes a ir procurá-la, Min Young volta e pede desculpa pela demora. Ela parece bem, mas não demora muito para que, com o rosto escondido pelo capuz, comece a chorar silenciosamente no banco de trás. Oh-oh.


Voltamos para a resposta de Young Hoon. De um lado da tela ele anda de um lado para outro em seu consultório, mais do que aborrecido com Sun Woo que se recusa a fazer tratamento (quimioterapia) porque está mais ocupado tentando se vingar de Presidente Choi do que tentando alongar sua vida. Ele pergunta se ela não quer tentar convencê-lo a se tratar.

Min Young tem lágrimas nos olhos enquanto escuta a explosão do médico. E em uma voz chorosa ela resume tudo o que ele disse perguntando se isso quer dizer que não importa o que for feito, ainda assim ele irá morrer. Ele confirma que o amigo tem um tempo de 6 meses levando uma vida normal, depois disso, quem sabe?

Ainda no carro, chorando, Min Young relembra suas conversas com Sun Woo e o xinga entre soluços.

E falando nele, o jornalista aparece na próxima cena tendo ido visitar sua mãe, Son Myung Hee (Kim Hee Ryung) no hospital. Ele pede desculpas por não ter ido vê-la com frequência e a mulher o ignora. Ele tenta pegar em sua mão, mas ela não deixa. Ele parece magoado ou algo pior.


De saída do hospital, ele recebe um SMS de alguém do trabalho atualizando-o em relação ao caso Presidente Choi (muitas reclamações, e-mails ofensivos e uma redação em polvorosa). O texto termina com o suporte do time e um fighting. Mal Sun Woo chega em casa, um carro estaciona logo atrás do seu e dele sai Diretor Oh, o Presidente da CBM.

Sun Woo pergunta se ele quer ir a algum lugar, mas o Diretor diz que prefere falar ali mesmo. Ele conta que revisou os arquivos que ele lhe entregou e está considerando levar o caso adiante, aproveitando que Presidente Choi só voltará à Coreia no dia seguinte, mas antes precisa saber se as fontes são confiáveis, afinal se Sun Woo está mesmo morrendo, isso não faz a menor diferença para ele, mas para os que ficam qualquer passo em falso arruinará suas carreiras. Há, sarcasmo mórbido, gostei.


Em seguida ele diz que os dois vão fingir que o acontecido no noticiário foi tudo combinado e ele deve voltar ao seu posto, sem reclamações.

Sun Woo entra em casa e encontra um bilhete da diarista dizendo que mandou a parca vermelha (aquela que hyung usava quando morreu) para a lavanderia. Ele vai para o quarto e começa a ler os e-mails grosseiros que recebeu quando outra dor de cabeça assassina aparece. Depois que a dor se vai ele avista o incenso de hyung, o acende novamente (deixando a vara deitada) e volta para os seus e-mails, mas a conexão com a internet cai.


Ele desvia os olhos por um segundo e alguns objetos no chão lhe chamam atenção... quer dizer, é o mesmo quarto, mas é um mundo totalmente diferente. Hei, olha, New Kids on the Block! – por causa deles você conhece a palavra boyband –, Michael Jordan, Mariah Carey e... isso fazendo barulho por acaso é um bipe? Sun Woo pega o aparelho e observa a mensagem, mas sua atenção se volta para a voz que chama por seu irmão.

 
Oh, essa é a voz da Mãe, não? E outra coisa; pôster da trilogia De Volta para o Futuro (Back to the Future) logo ali atrás. Nhamm, adoro esses detalhes caprichados!


Sun Woo desce as escadas observando sua mãe olhar os peixes nadando no imenso aquário da sala de estar e ela continua falando como se ele fosse Jung Woo até que levanta os olhos e dá de cara com esse homem estranho no meio da sua casa. Ela grita pelo filho mais velho e a versão jovem de Jung Woo sai de seu quarto e se arma com um taco de baseball e vai para cima dele.


Sun Woo se desvencilha do rapaz e por pouco Jung Woo-do-passado não o acerta, quebrando o aquário no final das contas. Pedaços de vidro são atirados em sua direção e alguns chegam a se alojar em sua nuca. Ele sobe as escadas correndo e por pouco não perde o momento em que seu pai aparece.


Ele volta para o quarto, confuso, senta na cama e o “ping” de seu celular soa. A conexão wi-fi retorna e estamos sãos e salvos na Seul de hoje. Ainda um pouco confuso ele sai novamente do quarto e olha ao redor, tudo parece normal.

Sun Woo não tem muito tempo para pensar no que isso significa já que logo depois ele recebe um telefonema. É Diretor Choi tentando fazer controle de danos, mas o jornalista se recusa, sabendo o que isso irá parecer se alguém descobrir. Ele pressiona o rapaz, assumindo que ele esteja fazendo isso em retaliação pelo passado (não é óbvio?) e como ele não cede ele pede para falar com Jung Woo e ele finalmente revela que o irmão está morto e desliga.


A ligação o deixa irritado e ele baixa a cabeça respirando fundo. Nessa hora, sangue começa a pingar do ferimento em sua nuca, que ele não havia percebido que era real, até agora. Ele já está sendo atendido quando Young Hoon descobre que ele deu entrada no hospital. Depois que ele dispensa o interno eles conversam sobre o que aconteceu. Sun Woo se refere ao que aconteceu como uma alucinação, embora dessa vez ele estivesse acordado.

Os dois continuam essa conversa em um restaurante e Young Hoo pede novamente que ele vá se tratar, mas Sun Woo diz que tem coisas mais importantes para fazer, como ir se encontrar com Min Young, afinal, de todas as pessoas a única que não pode ficar com pena dele é ela. Opss, adivinha só quem não sabia disso e saiu fofocando? Yep, o médico revela que contou tudo para a jovem, mas a culpa não é dele. Hahah, ele é ótimo.


No dia seguinte, Sun Woo continua sua rotina normal, indo trabalhar, mesmo tendo outro ataque de dor de cabeça infernal. Depois que ele toma mais um comprimido e a dor dá um desconto, ele observa Min Young em um dos televisores – sua reportagem irá ao ar durante a edição do jornal que ele apresenta. Na sala de transmissão alguém o nota e divide com os colegas que Sun Woo provavelmente foi até lá para vê-la e resolve bancar o cupido deixando que ele fale com ela.


Depois de conferir que ele está mesmo na redação e pode vê-la muito bom, ela pede que ninguém tome como pessoal o que ela vai fazer; isso é especialmente para Park Sun Woo, ok? E ela toma o tempo do mundo para manter o dedinho em pé, dizendo seu recado (leia: você é um cretino imbecil) e chocando todo mundo, menos Sun Woo.


Recado dado, ela deixa seu posto e vai para seu quarto terminar de chorar sozinha, mas é interrompida por um dos colegas, que lhe pede para atender ao telefone (aquele por satélite), é Park na linha. Hora de encarar as consequências.

Ele quer saber qual o motivo da revolta pública; é só porque ele propôs casamento ou porque não importa se ele propôs quando está à beira da morte? Ela então explode e diz (usando mais uma vez tangshin, e agora acho que foi de propósito) que ele é um tremendo FDP. E em seguida: “Só viva sozinho e vá embora sem fazer alarde”. Urgh, massacre em forma de discurso. Ele não pode inventar pelo menos uma desculpa?

"Desculpa?!", ele exclama e pergunta se ela deseja ouvir os fatos ou a fantasia e antes que ela responda, sai falando. Os fatos são que ao saber de seu TUMOR MALIGNO ele se perguntou o que aconteceria com sua mãe, e exatamente por isso foi atrás de hyung para que ele pudesse fazer isso em seu lugar e assim descobriu que o irmão estava morto. Outro pensamento que lhe ocorreu foi que ele não poderia perder uma chance de ir para a cama com ela. Omo, Omo!


Sério, eu devo ter problemas porque mesmo sabendo que isso é grosseiro e cerebral eu totalmente gritei “Ah, declaração de amor!”. Não sei aonde eu vi amor, mas vamos lá... Em seguida ele lhe avisa que se algum dia, algum cara disser essas mesmas coisas para ela, que se case com ele, pois o rapaz é sincero. Pffttt.

Para completar ele conta então a fantasia, e se eu consegui ver romance naquela declaração lá em cima, só faltei derreter ouvindo essa. Ele diz que percebeu que é apaixonado por ela, pelos últimos 5 anos e a cada momento. OMO, OMO, OMO, alguém me passe sal aromático, já!

Ele continua dizendo que se ela soubesse que ele estava morrendo, não teria mais como ver seu sorriso e por isso manteve segredo. “Que importância tem esse sorriso, você quer saber? [...] Não é apenas um sorriso. É tudo para mim agora”. E a câmera se aproxima do rosto dos dois intercaladamente e ouvimos trilha instrumental triste ao fundo (Que música é essa? Alguém sabe?) e Min Young e eu estamos prestes a perdoá-lo, quando ele prossegue dizendo que o homem que disser isso é um mentiroso.

Min Young: – Porque a fantasia soa mais real? Tirou as palavras da minha boca, garota!


Ele repete que era tudo um monte de mentiras (ainda estamos jogando, eu sei que você finge não saber que eu estou fingindo?) e diz que é uma alivio ter sido rejeitado, as pessoas quando estão para morrer fazem cada coisa esquisita. Palavras de Sun Woo, não minhas.

Algum tempo depois ele recebe a ligação da empregada doméstica avisando que seu bipe, fica apitando. Ele diz que não é dele e pede que ela deixe por lá. Mas ao finalizar a ligação ele relembra o momento em sua alucinação no qual pegou o aparelho da mesa de cabeceira e liga de volta para ela e pede o número que está no visor, mas ele não existe. Ela insiste que o aparelho continua apitando com o mesmo número e ele resolve mandar um office-boy buscá-lo.


Enquanto isso ele liga para Young Hoo perguntando se é possível que haja alguma espécie de alucinógeno no incenso, pois ele costuma ter as visões sempre que o acende e terminam assim que a vareta termina de queimar. Outra coisa que o incomoda é saber se essas alucinações são por causa do incenso ou porque ele está doente.

Quando a aparelho chega, Sun Woo deixa com um dos repórteres a missão de descobrir tudo sobre o bipe e o número que aparece no visor.

Enquanto se arruma no camarim (note que na televisão ao fundo está passando Baek Ji Yeon’s People Inside, um programa de entrevistas bem legal da tvN que volta e meia eu assisto), Sun Woo fica pensando em suas alucinações e resolve acender o incenso ali a sua frente. Assim que a fumaça começa a subir vem a voz do repórter lhe chamando, a câmera muda para ele e quando abre novamente, o lugar está vazio, somente o repórter que acabou de entrar.

Voltamos com Sun Woo (com uma iluminação amarelada digna das lâmpadas incandescentes de mil-novecentos-e-bolinha) ainda no camarim. Ele se levanta e nota que a TV (analógica e quadradona) está passando Seo Taiji and Boys (서태지와 아이들). A tela divide e observamos os dois no mesmo lugar, mas não na mesma época.


E se Sun Woo ou mais alguém tinha alguma dúvida do que está acontecendo, um jornal de dezembro de 1992 está bem ali na mesa de centro como prova. Em 2012, os repórteres começam a procurar pelo âncora, pois a transmissão vai ao ar em 5 minutos. Diretor Oh, imaginando que seu sumiço tenha algo a ver com a doença, coloca alguém para lhe substituir na bancada por enquanto.

De volta a 92, Sun Woo resolve telefonar para o número que aparece no bipe. Depois de ouvir a voz familiar ele pergunta pelo nome do interlocutor e o rapaz responde: Park Sun Woo (Park Hyungshik). Oh-oh. Mas só para ter certeza ele pergunta: “Park Sun Woo... da Escola Myungjin, classe 5?”. E o garoto se altera perguntando por que ele está com seu bipe e como sabe quem ele é.


E o adulto Sun Woo responde: “porque eu sou você”. Merda, ninguém contou para ele a regra primordial de viagem no tempo; não fale consigo mesmo? Para os infernos com o espaço continuo agora.

COMENTÁRIOS

Ok, o mais complicado primeiro. O que aconteceu com aquele papo de “complicações metafísicas” a respeito da viagem no tempo? Não só temos um bipe de 1992 que funciona normalmente em 2012 – e podemos até deixar essa pequena falha passar, como um desses mistérios fascinantes da humanidade – e um herói que viaja no tempo e resolve que é completamente normal falar com o seu eu do passado.

Será que mais alguém ai ligou os pontinhos e matou a charada de que provavelmente a esquizofrenia tanto da mãe quanto do irmão de Sun Woo podem ter seus sintomas em nosso herói estar passeando por aí sem se importar no que isso significa?

Pelo menos se nosso herói e o script falham, o time da cenografia compensa e dá um show. Não me canso de olhar os detalhes de 92 e me espantar com cada um deles, não somente por enriquecerem o universo em que estão, mas exatamente porque os reconheço e tenho ataques de riso ao me lembrar de coisas da mesma época. Wah, é assim que a gente sabe que está ficando velha.

Deixando um pouco de lado as questões filosóficas e embaraçosas, vamos falar sobre o elefante na sala: TUMOR CEREBRAL MALIGNO. Espero não ter sido a única a ficar feliz que as pessoas próximas ao nosso herói saibam que ele está morrendo porque não quer tentar se salvar. Quero dizer, acho ótimo que ele não esteja culpando os céus nem ninguém pelo que aconteceu e esteja mantendo sua vida o mais normal possível, mas seria bem melhor se ele tivesse alguma esperança na medicina moderna, sabe?

Sinto muito Sun Woo, mas acho que eu preferiria mais um ano a incertos seis meses. Pensa comigo, mais tempo para namorar Min Young!


E falando na moça, nesse momento especificamente da personagem (no script) e não necessariamente na maneira como está sendo interpretada (falarei disso depois) - apoio essas mocinhas que sabem a hora de não ceder aos caprichos egoístas das pessoas que amam. Min Young foi pega de surpresa ao receber uma proposta de casamento relâmpago da pessoa que vem amado por cinco anos, só para depois tomar mais um susto ao saber que essa mesma pessoa irá morrer.

Quem não iria questionar se a decisão é simplesmente motivada pelo medo de morrer sozinho ou de não perder a oportunidade de amar alguém até o fim de seus – curtos – dias. Melhor ainda é saber que ela não só tem coragem de fazer essas perguntas, mas também de mandá-lo ir à merda na frente de todo mundo. Vamos dar palmas meu povo, temos uma heroína com sangue que ferve nas veias.

Vamos mantê-la assim até o final, estamos combinados show?

*Agradecimento especial ao DramaFever que me permitiu divulgar imagens do drama!

Imagens: tvN/9; HanCinema; 

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