abril 16, 2013

Nine: Episódio 4

Se existe uma máxima que funciona em toda e qualquer circunstância é a de que para toda ação existe uma reação. Portanto é de se esperar que alterar uma grama que seja daquilo que provoca a ação também afetará na reação, então por que cargas d’água as pessoas acham que podem alterar um fato passado e não esperar que dali em diante a sucessão de reações possa provocar um futuro completamente diferente do que ele é agora? É loucura!

RECAP EPISÓDIO 4

1992, Hospital Myungse. Um Choi Jin Cheol mais jovem conversa ao telefone com um misterioso Senhor Oh. Ele pede que Sr. Oh lhe dê mais alguns dias para conseguir a assinatura que precisam. Pelo visto o dono da assinatura não parece estar muito a fim de assinar.

Ele deixa o hospital e na saída esbarra em Sun Woo versão adulta. Em um rápido flashback vemos um incenso queimando dentro do carro dele lá em 2012. Choi entra em seu carro e vai embora notando aquele estranho ainda lhe observando.


Depois de descobrir através da recepcionista que os dois diretores (Drs. Choi e Park) já foram Sun Woo mente ser um antigo estudante do Diretor Park, há 20 anos não o vê, por isso apareceu àquela hora e depois vai embora. A recepcionista nota que ele é muito jovem para ter estudado medicina há tanto tempo e eu me pergunto por que raios ele mudou de penteado. Urgh, ficou com uma cara de coitado.

Depois de deixar o hospital, ele pega um táxi e nota que o carro é um Prince® (da Daewoo Motors®, atual subsidiaria da GM Motors®) e o taxista afirma orgulhoso que é um modelo novo. Sabe, meu pai iria adorar essa conversa. De repente, Sun Woo reconhece o irmão sentado em um restaurante e pede que o taxista pare e espere por ele. Ao se aproximar ele percebe que hyung está chorando, três garrafas de soju vazias na mesa e sem mais nem menos ele cai de tanto beber.


De táxi, ele leva o irmão de volta para casa. Durante o caminho, ao recolocar a carteira do irmão de volta a seu casaco, depois de ter pegado dinheiro para pagar tanto o restaurante quanto a viagem, já que ele não veio preparado com as cédulas da época – em 2006 uma nova série de cédulas foi criada na Coréia. As cédulas de 50 000 won que vemos nessa cena, só começaram a circular em 2009.


Mas voltando para o show, ao recolocar a carteira ele encontra a carta que Jung Woo escrevia naquele flashback. Ele está anotando o endereço de envio quando o táxi finalmente chega ao destino final e acabam encontrando Papai Park que não parece nada feliz ao descobrir que seu filho mais velho andou bebendo, chorando e provavelmente chamando pelo nome de uma mulher. Sun Woo é pego de surpresa com essa informação.


2012. No dia seguinte, Min Young acorda ao som estridente do despertador do celular. Ainda na cama ela vai passando na tela, as fotos que tirou com Sun Woo na lua de mel no Nepal. Argh, e fomos deixados de fora dessas cenas? *indignada*.


Nesse momento ela recebe uma mensagem dele e os dois prosseguem com o envia-de-lá-envia-de-cá de SMS. Ele pede que ela descanse um pouco já que a lua de mel dos dois foi cansativa (RAWR) e ela acabou de voltar à Seul. Feliz, ela pergunta se os dois vão fazer alguma coisa, já que é Véspera de Natal. Em seus modos diretos ele sugere um jantar e ela reclama que ele não consegue ser nem um pouco romântico, enviando um exemplo básico de mensagem melosa entre namorados.

Ele sugere em seguida: “vamos terminar” – HÁ. Mas ao receber a mesma mensagem dela logo depois ele admite gostar de receber esse tipo de besteira, mesmo que não vá ele mesmo enviar. Comportamento masculino típico.


Logo depois Sun Woo recebe um telefonema de Young Hoon perguntando se ele recebeu o resultado de seus exames. Ele responde sim e o médico dispara mandando que ele se interne logo ou vai contar para seu chefe (Diretor Oh, da CBM) que ele tem uma bomba relógio apresentando o jornal. Err, quem quer contar para Young Hoon que o Diretor Oh já sabe disso? Ele desliga e vemos Sun Woo olhar risonho para uma vitrine cheia de cartões de Natal.

1992. Young Hoon/92 (Lee Yi Kyung) chega à sala de estudos e pergunta por Sun Woo, que não apareceu. A recepcionista o elogia por estar estudando até mesmo na Véspera de Natal e isso só pode ser uma piada, pois no último dorama que o ator participou (School 2013) ele era o pior exemplo de aluno possível.

Pronto para a sessão de estudos (observe aquele Discman® – eu tive um!), ele nota um envelope com um cartão de Natal. Abre-o e encontra uma mensagem enigmática (ou sem sentido) de Sun Woo lhe dizendo que ao receber uma carta dele as 10 da manhã dali há vinte anos, ele saberá o que o cartão significa. Tomando isso como alguma brincadeira, ele tenta colocá-lo de volta no envelope e nota na parte de trás escrito “Made in China, 07/11/2012”.


2012. Young Hoon tira um cochilo em seu consultório quando é acordado por um telefonema de sua filha e descobre que precisa fazer uma reserva no restaurante ou irá enfrentar a fúria de sua esposa. Ele entra na internet para contornar o problema, mas tem a atenção roubada por um e-mail de Sun Woo. Nele há um cartão virtual de Natal e em anexo, a gravação que ele fez no Nepal, no episódio anterior. O médico escuta a tudo com atenção, mesmo se irritando com a menção à “máquina do tempo”.


De repente ele se recorda do cartão de Natal que recebeu vinte anos atrás e a mensagem que continha. Corta para Young Hoon correndo feito um louco pelo hospital. Na próxima cena vemos o médico chegar à redação da CBM para conversar com Sun Woo, que já o esperava. Ainda em choque tudo o que ele consegue dizer são as palavras: “Cartão de Natal” ao que o amigo se põe a relatar como levou trinta minutos para fazer isso e Young Hoon levou vinte anos para descobrir do que se tratava.


Em sua defesa ele diz que resolveu se prevenir; de outra forma Young Hoon o internaria imediatamente. Sun Woo então lhe dá o cilindro com os (agora) sete incensos e ainda muito surpreso ele pega o objeto.

Ainda em seu estado alterado Young Hoon volta para o hospital quase que alheio ao interno ao seu lado pedindo que ele assine um prontuário e se enfia em seu escritório. Lá dentro ele relembra o resto de sua conversa com Sun Woo.

Ignorando o amigo dizer que deseja realizar o desejo de hyung já que o mesmo não conseguiu, ele tem a brilhante ideia de fazer Sun Woo usar os incensos para deixar um aviso para seu eu jovem escanear seu cérebro todo ano depois que passar dos 30.

Mas fazendo juz ao pôster do DeLorean® (que Marty McFly usa para viajar no tempo) pendurado em seu quarto em 92, Sun Woo pensa nas implicações que isso deve causar em sua jovem pessoa. Agora sim, esse show começou a falar a minha língua.


Ele diz estar pensando em uma maneira menos direta de fazê-lo ir ao hospital e de qualquer forma sua prioridade agora é realizar o desejo de hyung: salvar seu pai. E para quem não se lembra, um flahback reconta que ele morreu em um incêndio e Sun Woo tentou salvá-lo, mas não conseguiu.

A data de sua morte é 30 de dezembro, dali a seis dias. O jornalista inclusive conta ao amigo que voltou ao hospital recentemente (literalmente em 92), pois não se lembrava bem do prédio. E afirma que essa é uma boa chance de pegar Presidente Choi, que diferente dos dias de hoje, ainda era um zé-ninguém naquela época. Ou seja, ele pretende salvar Papai Park e pegar o assassino.

Ele conta também que descobriu que hyung tinha uma namorada e ela era uma noona (ou seja, mais velha), viúva, mãe solteira e que costumava ser cantora em uma banda. Agora todos sabemos por que Papai Park não gostava da moça.

Mais um incenso é aceso e descobrimos para que Sun Woo torrou outra chance de consertar seu cérebro. 1992. Sun Woo adulto sobe as escadas de uma loja de discos – decorada à moda de sua classe, com pôsteres de bandas de tudo que é gênero – reconheço Queen e a famosa capa da banana de Velvet Underground & Nico. Ao entrar na loja, uma garotinha soluça, tentando discar um número ao telefone, seu nome é Yoo Shi Ah (sabemos disso graças a narração). Ele se dirige a garota usando o nome dela (hei, olha só, a trilha de O Guarda Costas outra vez) e pergunta por que ela chora. A garotinha responde que sua mãe morreu. COMO É?


Ele pergunta onde sua mãe está, ela aponta para uma cortina ao lado, que dá para um pequeno quarto. Lá dentro Sun Woo encontra Yoo Jin desmaiada, no que parece uma tentativa de suicídio via álcool + remédios. A garotinha entra no quarto e Sun Woo pede que ela pegue o telefone. Foco na carta de hyung no chão. Yikes.


Próxima cena: hospital. Shi Ah está ao lado da cama de sua mãe que pelo visto já foi atendida e recebeu uma lavagem estomacal. Enquanto ele observa as duas, ouvimos seu colega repórter lhe dar o resto da informação que elas cavaram mais cedo (ou mais tarde se eu estiver sendo literal). Ela se mudara para os Estados Unidos em 93, levando uma vida difícil e depois de 97 não havia mais nenhuma informação, ou seja, Sun Woo não alterou ainda o espaço contínuo quando ligou para a emergência – Yoo Jin se salvara de algum jeito antes.

Quando seu tempo está para acabar, ele chama Shi Ah para uma conversa, explicando que Mamãe está assim porque não pode mais ver seu namorado, mas ela vai ficar bem se Shi Ah ligar para ele, no número escrito no papel que ele lhe dá, e contar que mamãe está no hospital.


2012. Sun Woo e Young Hoon terminam a conversa anterior pelo telefone. Young Hoon diz que nada deve ter acontecido já que nada mudou; memória ainda a mesma. O outro contrapõe que eles precisam esperar a garota ligar para hyung e aí sim eles vão saber o que aconteceu (se ele lutou por ela, ou não). Sun Woo desliga ao ver Min Young se aproximando do restaurante onde ele está.

Ela mal chega e praticamente dá uma chave de braço em Sun Woo para que ele sorrateiramente olhe pela janela: do outro seus colegas repórteres observam os dois. Ela diz que eles apostaram que eles provavelmente estão saindo porque ela implorou a ele. Bom... isso é verdade. Palavras minhas e de Sun Woo.

Mas ela ignora essa parte e pede que ele lhe dê como presente de natal, um coração. Há – ela está pedindo para ele fazer um coração com os braços! O jornalista recusa imediatamente fazendo todo tipo de expressão ofendida quando ela tenta convencê-lo de outra forma (LOL), mas acaba cedendo. Pisque e você perde esse momento histórico.


Os caras ficam tão surpresos que ligam para o celular de Min Young, pedem para falar com Sun Woo e dizem estar desapontados, “não é como se ela fosse Kim Tae Hee”. HÁ. Aliás, quando a Coréia vai sair do padrão de beleza Tae Hee? Eu não acho que ela seja tão bonita assim. *recalque*

Logo depois Sun Woo recebe uma ligação do hospital onde sua mãe está perguntando se ele não irá visitá-la. Ele diz que não e desliga, mas repensa e resolve lhe fazer uma visita, dizendo a Min Young que estará de volta em 30 minutos, mesmo que ela diga que leva mais tempo do que isso para chegar lá.

1992. Sun Woo/92 está esperando sua mãe para sair quando recebe um telefonema de uma garota, Han So Ra. Ela o convida para ir assistir ao filme O Guarda Costas e ele parece tentado pela oferta, mas diz ter um jantar com sua mãe, que por sinal era da família, mas tanto seu pai quanto seu irmão resolveram não fazer parte. Ela então retira a oferta dizendo que convidará outro garoto, o que prontamente o faz dizer que ele não havia dito não. Garotos!


Para a mãe ele inventa que um colega da escola sofreu um acidente e como presidente de classe precisa ir socorrê-lo ou algo do gênero. A mãe compreende, mas olha desapontada para a árvore de Natal depois que ele se vai.

Mas adivinha só quem resolve assistir ao filme também? Yep, logo depois vemos Mamãe comprar um ingresso e entrar no cinema, seguida de perto pelo adulto Sun Woo que ao observá-la de longe, lembra-se do que ocorreu.

Flashback. Ela entra na sala e escolhe uma poltrona logo atrás do filho, que é pego no flagra ao ser educado e retornar-lhe a luva que ela deixa cair. Silenciosamente ele pede que a mãe não fale nada e mesmo irritada ela cede ao perceber que ele está com uma garota. Mas logo depois ela vai embora. Além de ter sido descoberto, magoado sua mãe o rapaz ainda assistiu a um filme chatérrimo. Será que ele ganhou algum prêmio de consolação?


Ele então impede que essa situação ocorra esbarrando em sua mãe e quebrando seus óculos. Ele então a convence a ir com ele até uma ótica comprar-lhe um novo. Eles conversam enquanto esperam pelos óculos e ela pergunta se eles se conhecem de algum lugar já que ele parece familiar. Pode apostar. Depois ele lhe arruma um táxi e os dois se despedem.

Não satisfeito Sun Woo ainda dá um jeito de deixar um cordão de presente para a Mãe, como se ele (em sua versão adolescente) tivesse comprado para ela como pedido de desculpa. E o mesmo cordão passa a ser visto em seu pescoço lá no futuro.


Tempo atual. Sun Woo volta para o restaurante e Min Young fica surpresa com sua rapidez notando que ele deve ser realmente muito próximo de sua mãe, comparando à sua própria situação. Ela e sua mãe não convivem tão bem assim. Ela conta inclusive que por causa de sua mãe, já trocou de nome duas vezes.

Nessa hora a cena divide entre o passado e presente no mesmo segundo. A pequena Shi Ah liga para hyung. Em 2012, Min Young continua sua história dizendo que uma cartomante considerou seu nome má-sorte, por isso sua mãe trocou-o de Shi Ah para Min Young. PERAÊ... Sun Woo registra o mesmo que eu e pergunta a Min Young qual era antigo nome e ela confirma: Shi Ah. YOON SHI AH.


1992. Hyung atende ao telefone e vemos a garotinha dizer seu nome (Yoon Shi Ah). *merdamerdamerdamerda*. Voltamos para 2012 em um close no rosto surpreso de Sun Woo olhando para o lado. A câmera vai abrindo e o banco onde Min Young estivera sentada segundos antes agora está vazio.


COMENTÁRIOS

PAI-DO-CÉU! Isso é que é jogar merda no ventilador.

Antes das especulações me deixe dizer o quanto estou gostando de Young Hoon e o ator que o interpreta, Lee Seung Joon. E a melhor parte é que mesmo louco, ele é completamente são. Quero dizer, suas reações malucas, são até bem normais para um cara que trabalha com ciência pura.

E por isso mesmo foi ótimo não termos esse lenga-lenga de “prove para mim que esse negócio de máquina do tempo existe”. Na hora que ele soube, as provas foram suficiente e o braço direito de nosso herói embarca junto com ele nessa parte da jornada. É tão bom quando o seu melhor está com você, mesmo quando nada faz muito sentido.

Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte, o quê diabos Sun Woo fez com seu futuro? A suposição mais lógica seria que, se as coisas deram certo para hyung e Yoo Jin, Min Young sendo filha dela, se tornaria filha de Jung Woo e sobrinha de Sun Woo. Resultado: sem namorada na Véspera de Natal.

Ou então hyung e Yoo Jin deram certo por um tempo, mas depois se separaram. Por causa das circunstâncias, Min Young e Sun Woo não terão como se apaixonar. Resultado: sem namorada na Véspera de Natal.

Ou ainda, as coisas deram errado mesmo para os dois pombinhos lá no passado e alguma outra circunstância alterou-se resultando em Min Young não ter conhecido Sun Woo. Resultado: sem namorada na Véspera de Natal do mesmo jeito.

Seja lá qual das opções ocorra, o resultado é sempre o mesmo. FOREVER ALONE.


*Agradecimento especial ao DramaFever que me permitiu divulgar imagens do drama!

Imagens: tvN/9; 

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