abril 30, 2013

Nine: Episódio 7

Sun Woo é um herói imperfeitamente perfeito em muitos sentidos. Por isso mesmo, acredito que suas razões para continuar acreditando que ele pode mudar o curso de muitas vidas o torna ainda mais humano, mesmo sabendo em primeira mão as infelizes consequências que isso pode resultar. Não sei se considero coragem ou loucura o que ele decide fazer neste episódio. Ambos não fazem o menor sentido.

RECAP EPISÓDIO 7

Voltamos um pouquinho para mostrar que no exato momento que Sun Woo acende o incenso, Min Young começa a bater na porta de seu quarto e em 92 Dr. Park é o único que ainda está no hospital.

1992. Sun Woo/2012 acorda Sun Woo/92 e se apresenta, mostrando sua carteira de identidade para confirmar que ele (o adulto) é ele (o adolescente), e que tudo isso significa que ele veio do futuro. OOOOOOOOH!


Mas como Sun Woo não tem tempo a perder ele fala para sua versão de 92 que o rapaz vai receber uma ligação e imediatamente o telefone toca. É Young Hoon para dizer que não pode ir com ele para o encontro duplo. O jornalista pede que Sun Woo/92 siga suas instruções que é na verdade o que ele teria dito de qualquer maneira.


O jovem ainda muito surpreso faz como ele manda e fica ainda mais surpreso ao notar que Young Hoon diz tudo o que o homem a sua frente disse que o amigo diria. No final ele combina que emprestará dinheiro para o amigo no dia seguinte para a viagem, já que sua irmã o havia depenado. Hee.

A ligação termina e Sun Woo prossegue explicando o que deve acontecer (e que de fato aconteceu) e vemos as imagens seguindo a narração: Sun Woo/92 precisa de mais dinheiro para o dia seguinte e a única pessoa a quem poderia pedir a essa hora da noite é seu pai, que ainda está no hospital. Então ele vai até lá e ao chegar, o consultório de Dr. Park já está sendo consumido pelo fogo. Ao tentar resgatar o pai, o jovem é arremessado pela força da explosão.


O rapaz pergunta se seu pai vai morrer como quem não acredita e seu eu adulto diz que vai lhe ajudar. Ele pede que o jovem ligue para o pai e invente alguma desculpa que o faça voltar para casa. Sun Woo/92 segue novamente as instruções, dizendo que Mamãe desmaiou, mas muda de ideia, se desvencilha do homem estranho em seu quarto e grita para o pai ao telefone que alguém invadiu a casa.

O garoto sai correndo, tenta fugir e grita que o pai o salve, mas acaba sendo arrastado de volta para o quarto por Sun Woo. O telefone cai, mas ainda assim Papai Park consegue ouvir os ruídos da luta entre os dois Sun Woos. Em determinado momento o jovem acaba batendo a cabeça no canto da cômoda e cai desacordado. É o suficiente para fazer Papai Park correr para casa.


Correndo contra o tempo, Sun Woo pega as chaves reserva do hospital e sai da casa usando o carro da família estacionado do lado de fora. Tem essa parte hilária onde ele se atrapalha todo para usar o carro que em 92, ainda não tinha câmbio automático, era tudo no manual. HAHAHAH, ele é tão ruim que o carro chega a morrer na primeira tentativa.


O jornalista finalmente chega ao hospital, instala diversas câmeras no consultório de seu pai e usa a copa do lugar para monitorar o que acontece pelo computador. Depois de esperar alguns minutos ele telefona para si mesmo que ainda estava desacordado devido a pancada na cabeça.

Sun Woo/92 ameaça ligar para a polícia, mas o jornalista afirma que isso não é uma boa ideia, ele vai prender a si mesmo, só que 20 anos mais velho. O rapaz não acredita no que ele diz e se põe a atirar perguntas sobre o que acontecerá com ele no futuro citando inclusive aquele papo de que o mundo acabaria em 1999, na virada do Milênio. O adulto não revela nada.

Ao contrário, ignorando a desconfiança do jovem ele manda que ele impeça Papai Park de volta ao hospital, pois ele ainda corre perigo, já que Sun Woo ainda não descobriu quem é o assassino. Em seguida marca de eles dois se encontrarem no dia seguinte às 9 da noite para conversarem, pois existe mais alguém que eles precisam salvar. Tipo, vocês mesmos? 


Sun Woo observa alguém se aproximar do hospital e desliga. Ele espera mais um pouco e faltando pouco mais de 1 minuto para seu tempo esgotar, alguém entra no consultório. Oh, merda, é Jung Woo e ele não percebe que o local está vazio.


Ao mesmo tempo em 2012, Young Hoon monitora a noticia da morte de Dr. Park, esperando alguma mudança. E assim que o incenso acaba a noticia é literalmente varrida da tela do computador e ressurge levemente modificada; ao invés de “por volta das 11 no dia 30 de dezembro” ele morre “dia 31 por volta das 2 da manhã”. Oh-oh, algo deu errado.


Sun Woo está de volta a seu próprio tempo e parece não acreditar no que viu. De repente o ruído que vem do outro lado da porta lhe assusta; é Min Young que mandou chamar um chaveiro para abrir a porta. Sun Woo sai no exato momento que o chaveiro termina o serviço.

Min Young se aborrece com ele por não ter aberto a porta antes e ele contra ataca dizendo que ela não tinha nada que arrombar sua casa. O chaveiro se surpreende ao descobrir que ela não mora na lugar e vai embora zangado achando que ela é algum tipo de namorada ciumenta.


Sun Woo sai em seguida rumando para o jornal e deixa Min Young para trás, mesmo depois de a garota lhe pedir uma carona. Durante o trajeto ele recebe uma chamada de Young Hoon que pergunta o que houve, já que Dr. Park continua morto.

Ele conta – a nova versão dos acontecimentos – o que ele se lembra de ter acontecido depois. Depois de seu pai chegar em casa ele (Sun Woo) não fez muita coisa para impedi-lo de voltar ao hospital, pois ainda não acreditava no cara do futuro. Só bem depois foi que ele se lembrou do aviso de que ele ainda estaria em perigo, mas era tarde demais, o médico já tinha voltado.


O jovem então refaz a viagem de bicicleta até o hospital, encontra o consultório em chamas, tenta ajudar o pai, e é novamente arremessado pelo fogo. A única diferença é o curativo em sua testa (da luta com seu eu do futuro). Mas Sun Woo ainda não desistiu de pegar o culpado, pois ainda tem três horas até a hora da morte. O amigo pergunta se ele descobriu alguma coisa. Sun Woo diz apenas que algo inesperado aconteceu, mas não comenta sobre hyung na cena do crime.

Em outra parte de Seul, Jung Woo e Yoo Jin jantam com amigos e falam sobre o assunto preferido dos pais coreanos; casamento. Nesse momento hyung recebe uma chamada de Sun Woo. O irmão pergunta onde o outro estava no dia em que o pai de ambos morreu, mas ao invés de responder logo, Jung Woo pergunta por que ele quer saber sobre isso tão de repente. Ao notar o tom seco de Sun Woo ele responde enfim que esteve a noite toda com a esposa.


Sun Woo tenta dar outra chance ao irmão e pergunta se ele não deu nem uma passada pelo hospital aquela noite e Jung Woo afirma que não. Hum-hum, resposta errada duas vezes, meu caro. Sua batata está assando.

No camarim, enquanto se arruma para apresentar o jornal (nota: adoro homem que sabe fazer o nó da própria gravata) Sun Woo se lembra de tudo que viu e ouviu de todos os seus passados e futuros. Há inclusive uma cena onde hyung aparece horas depois na cena do crime, vendo o corpo de Papai Park ser carregado e chorando enquanto os policiais comentam que ele acabou de saber do acontecido. Hum, será mesmo? 


E o âncora continua remoendo cada informação nova que descobriu, mesmo estando no estúdio de gravação, prestes a ir ao ar. Mais uma vez ele telefona para o irmão e dessa vez deixa mais claro sua suspeita de que Jung Woo estivera no hospital e mentira para todos. Por quê?

É visível o esforço que Sun Woo faz para manter sua fé no irmão, esperando uma explicação, querendo muito acreditar em Jung Woo e ao mesmo tempo querendo a verdade dele. Hyung não cede a pressão e reafirma que esteve com Yoo Jin o tempo todo.


A negação de Sun Woo é tão grande que ele até se desculpa com o irmão por acusá-lo e culpa um sonho ruim (pesadelo) por sua reação exagerada. Ele volta para a bancada ainda muito inquieto.

Nessa hora Min Youg chega fula da vida e segue direto para ele reclamando que só conseguiu chegar naquele momento por sua culpa e nota que apesar de parecer calmo ela sabe que por dentro tem algo de errado com ele. O jornalista concorda e naquele seu estilo verdade-na-cara-disfarçada lhe diz que receia ter feito algo muito estúpido. Ela pergunta o que seria e ele solta: “Eu mudei Joo Min Young para Park Min Young”. OMO!


É óbvio que a jovem não entende nada e acordando de seu transe-da-sinceridade Sun Woo declara que esse é o problema, a garota tem o instinto, mas não a inteligência para segui-lo.

O jornal inicia e a primeira noticia é exatamente a coletiva de imprensa de Presidente Choi, que muito apropriadamente resolve mandar vários SMS para o jornalista no meio da transmissão. Neles, o médico afirma que Dr. Park morrera às 12:30, bem antes do fogo começar e o jornalista observa o relógio na parede, 12:10.


Aproveitando que a reportagem está no ar, ele chama Min Yung e a faz substituí-lo, dizendo que algo urgente aconteceu e sai apressado, dirigindo feito um maluco.

1992, 12:20. Dr. Park volta ao hospital e encontra Jung Woo esperando-o. Ele repete que deseja se casar com Yoo Jin e renuncia ao hospital da família, para a fúria de seu pai, que em momento algum pensou em deixar o hospital para ele e sim para o irmão mais novo. E ao dizer que ele nunca mereceu o hospital ainda insulta sua inteligência.

Mamãe Park chega na hora com a intenção de evitar a briga entre os dois. Contudo, Papai Park direciona sua raiva para ela e deixa claro sua desconfiança de que Jung Woo não seja seu filho. Eita.


Sun Woo viaja de volta para 92 e chega a tempo de ouvir sua mãe gritar. Ele invade o consultório e encontra o irmão debruçado sobre o pai, que tem uma poça de sangue a seu lado. Jung Woo se assusta e sai correndo. Sun Woo corre para o pai e Mamãe se põe a explicar que foi um acidente; ele tropeçara.


Enquanto ela liga para a emergência ele corre atrás do irmão. Na fuga, Jung Woo quase é atropelado por Presidente Choi que acaba de chegar. Ao entrar na cena do crime, ele confirma que Dr. Park não tem pulso e evita que a esposa quase histérica ligue para a polícia, já tendo imaginado que Jung Woo tem algum envolvimento.



Sun Woo persegue hyung pelas ruas e finalmente encurrala-o em um beco sem saída, mas assim que põe suas mãos no rapaz, seu tempo se esgota e ele retorna para o futuro, deixando um aterrorizado Jung Woo lá atrás.



COMENTÁRIOS

Estou começando a achar que nosso herói está sofrendo com um misto de coragem e loucura, para poder seguir em frente. Talvez seja essa bomba-relógio em seu cérebro lhe dizendo que o tempo está se esgotando – assim como seu estoque de incensos que diminui cada vez mais.

Seja o que for parece que o jornalista está levando a sério sua declaração de que não tem nada a perder e meio que apertou o botão do “f*da-se” em relação ao seu TUMOR CEREBRAL MALIGNO e resolveu que o mais importante é a vida de hyung e não a sua.

Sinto muito Sun Woo, mas acho que ficou bem claro para todo mundo que o protagonista desta história é você, portanto espero que essa sua obsessão com o bem-estar de Jung Woo possa ser sanada logo para que possamos enfim resolver como você pretende continuar vivo para terminar os outros 13 capítulos que ainda restam ou você estará seriamente encrencado.


E falando nisso, ô jeitinho de descobrir a verdade, hein!

Começo a suspeitar que o cilindro dos incensos é como uma caixa de Pandora, e essa é aquela caixa que só contém os males, pois o mais simples acontecimento de 92 acaba resultando em resultados severos para nosso herói que passou o episódio todo correndo de uma década para outra.

Por sinal, o trabalho de edição tem se saído muito bem, puxando a tensão de um tempo para o outro e criando um ritmo interessante entre os períodos, tanto que mesmo quando estou altamente concentrada no suspense de 92, não me importo em ter que voltar para a nova realidade caótica de Sun Woo em 2012.

Só o que faltou foi um pouco mais de romance, mas nem estou reclamando na verdade, pois a overdose de olhares profundos de Lee Jin Wook compensa qualquer problema.


Imagens: tvN/9

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