maio 12, 2013

Nine: Episódio 10

A mente humana continua sendo um mistério. Para mim mais ainda, que sempre invejei a habilidade que algumas pessoas têm de reprimir lembranças ruins. Nunca entendi como isso funciona, existe algum botão que se aperta e pronto? Pois se for isso tenho certeza de que alguém nesse dorama foi avisado e fez o contrário, ao invés de esquecer, lembrou-se. E mesmo que nesse caso a lembrança seja doce, o gosto que fica na boca é tão, tão amargo.

*Peço desculpas pela falta de postagens e atraso nos recaps, mas infelizmente ainda não consigo dormir e digitar ao mesmo tempo. Hee.

RECAP EPISÓDIO 10

3 meses depois. Voltamos em 1993, abril. Sun Woo foi liberado do hospital e voltou para casa. Ele pergunta para a mesma noona do episódio anterior por Jung Woo e ela responde que ele deve ter ido ver o padre por causa do casamento. Da janela ele vê Mamãe Myung Hee, sentada em uma cadeira de rodas. E relembra o momento em que descobriu que morreria aos 38 anos de um tumor no cérebro.

Mais tarde, ele escreve em seu diário sobre as mudanças que ocorreram. Desde o estado de sua mãe, passando pelo casamento de Jung Woo e terminando na transferência do hospital para as mãos de Dr. Choi (feita pelo próprio hyung).


Enquanto escreve pensa no seu eu futuro e pergunta se ele está vivo, se está lendo essas palavras. Se estiver, porque não vai visitá-lo como havia prometido? Em 2013, Sun Woo lê seus escritos enquanto faz café. Ele tem uma forte dor de cabeça e acaba se queimando. Oh merda, isso significa que ele ainda não está curado?


A imagem muda e vemos pôsteres anunciado o novo âncora do jornal das 9: Park Sun Woo. E ele tem uma companheira de bancada. Enquanto se arruma para a edição de estreia, Diretor Oh lhe faz uma visita e o pressiona a se sair bem e aumentar a audiência ou suas cabeças irão rolar, já que todos desconfiam que eles armaram a confusão com Presidente Choi e Diretor Oh o está beneficiando na emissora.

Sun Woo devolve dizendo que não é mentira; ele virou o mais jovem âncora a comandar o jornal da faixa das 9 por causa do Diretor e de qualquer forma ela trabalha mais e continua ganhando o mesmo. HAHAH, o relacionamento desses dois é hilário.


O jornalista até pede que o chefe abotoe sua camisa porque está com a mão machucada e recebe uma reprimenda no lugar. Mesmo sabendo que ele está brincando, Diretor Oh resolve abotoar e nota as pílulas que ele estava engolindo ainda pouco, e preocupado que ele continue tendo dores de cabeça, lhe diz para ir ao hospital.

Diretor Oh até mesmo cita um tumor cerebral no meio da conversa e Sun Woo diz que não deve ser isso, ele já teve um. Diretor Oh se surpreende, desde quando ele teve um tumor no cérebro? O jornalista então pergunta: “A sua memória é tão ruim assim?”. HAHAHAHA! Peraí, ele não tem como se lembrar disso. Mas ainda assim foi engraçado.


Eles são interrompidos pelo diretor do jornal que ao notar a pose dos dois pergunta se eles finalmente estão saindo do armário. LOLOLOL. Esse dorama está gaiato hoje.

Enquanto espera pelo inicio da transmissão, Sun Woo recebe várias mensagens de Min Young lhe perguntando como ele está se sentindo com a estreia. Esperando lhe dar apoio ela envia uma foto sua vestida de noiva. Ah, não, não acredito nisso... 


Com a chegada ao estúdio de Lee Joo Hee, sua colega de bancada, ele desvia sua atenção do MMS. Joo Hee nota a bandagem na mão do jornalista e cheia de preocupação se põe a dizer que é uma pena, deve ter doído. Hum, tá amiga, conheço esse método.


Sun Woo parece não gostar da atenção e como se adivinhando algo, Min Young manda outra mensagem dizendo para que fique atento à jornalista, pois ela irá flertar com ele. Não caia na dela, adverte a jovem. Há, o torto sorriso irônico de Sun Woo deixa claro que ele não pretende.

A fama de Joo Hee é tão conhecida que na sala de transmissão os outros jornalistas comentam sobre ela com Sun Woo e fazem apostas sobre em quanto tempo ela conseguirá sair com ele. Diretor Oh está tão concentrado na audiência que pergunta se um escândalo entre os âncoras iria ajudar nos índices. Ao notar os olhares de desaprovação ele se defende dizendo que está sendo pressionado.

Sério essa mulher joga pesado, vejam por si mesmos:


Mais tarde em frente ao prédio da CBM, no meio da chuva apenas com uma sombrinha, Sun Woo espera. Joo Hee para seu carro e oferece carona, que ele rejeita dizendo esperar um amigo. Ela diz achar que ele está mentindo, mas ele diz que não tem motivos para isso.

Enquanto fala, um carro para logo atrás dela; é Young Hoon que chama pelo amigo. Com a prova da verdade, ela muda de tática e o convida para beber em comemoração a estreia dos dois, e novamente ele rejeita. Ela reclama naquela vozinha enjoada (vê, já estou implicando) que ele parece estar evitando-a, e assim ele cede finalmente e diz que qualquer dia desses eles irão beber juntos.


Ela se satisfaz com a resposta e se despede indo embora. Young Hoon fica animado com os dois e pergunta se ela estava flertando – há, ele é fã dela. Sun Woo diz que não gosta de sua tática, ela é muito atirada. O amigo diz que isso é bom, mesmo que Sun Woo ainda não esteja tão desesperado. Lol. Sério, eles acumularam as piadas ou o quê?


Mudando de assunto, Sun Woo pergunta por seus analgésicos e Young Hoon pergunta se sua cabeça ainda dói. Ele confirma e o médico comenta que a última tomografia não mostrou nada.


Flashback. Estamos em 2007. O jornalista é acordado pelo telefonema do médico lembrando-o que está na hora de começar a fazer check-ups contínuos de sua cabeça. Desde então ele tem sido examinado e nada apareceu a não ser uma pequena mancha dois anos atrás. Infelizmente isso não impede que ele sinta dores. Young Hoon sugere que talvez seja psicológico.

Os dois estão em um restaurante agora e a conversa continua; talvez  a dor seja um efeito colateral dos incensos? Sun Woo pensa que deva ser normal, já que ele manteve as lembranças e os objetos, porque não a dor? Young Hoon não gosta da explicação e pede que ele vá ao hospital.


Mas há outra coisa incomodando o jornalista. Ele não tem ideia de seu passado, não consegue lembrar o que está (estava?) pensando em 93, por isso tem lido seu diário todo dia. WOW. Sabe, isso faz um sentido do caramba.

No fim, Sun Woo conclui que essa deve ser sua punição por querer brincar de ser Deus. Aff, isso é triste, mas não é pior do que a expressão em seu rosto logo depois, ao ver Suh Joon e Min Young chegando ao restaurante, juntos e felizes. ARGH, eu preciso acertar alguém!

Young Hoon, arrependido de sua interferência nesse relacionamento, pede desculpas e oferece a cara a tapa, o que Sun Wo prontamente aceita e o acerta. HÁ!


Os noivos chegam e todos se cumprimentam. Eles entregam a Young Hoon um presente em agradecimento por ter sido o cupido dos dois, e apesar de gostar do que ganha, ele fica desconfortável, ainda mais com Sun Woo ali do lado. Para aliviar a tensão o jornalista reclama porque não ganhou nada.

Ele aproveita para comunicar a sobrinha que não comparecerá ao casamento, pois tem uma viagem de trabalho, deixando a jovem triste ainda que ninguém acredite nessa desculpa. Yoo Jin menos ainda que fica irada ao saber disso quando Min Young lhe telefona.


Ela acha que ele está tentando se afastar da família, pois desde a porrada que teve com o irmão, ele não entrou em contato e sequer deu alguma explicação ou pediu desculpas. Yoo Jin termina a ligação quando nota que Jung Woo esteve escutando a conversa, porém ele defende o irmão e pede que ela deixe isso para lá.


No apartamento de Min Young, ela e Suh Joon desembrulham e montam o sistema de som que ganharam de Sun Woo como presente de casamento. Ela sai por um minuto para comprar suco e aproveita para telefonar para ele.

Ela primeiramente pergunta se Joo Hee já deu em cima dele e o avisa novamente para não se meter com ela. Ele devolve dizendo se ela quer que ele morra sozinho, mas a jovem apenas afirma que Joo Hee não serve. Em seguida ela conta sobre o telefonema com sua mãe e como ela ficou chateada com a desculpa que ele deu. Porque ele não quer vê-la de noiva?


Sun Woo diz que não tem a menor vontade de ver isso (Oh bebê, você parte meu coração) dizendo que para usar bem um vestido de casamento ela precisaria de curvas. Ofendida, ela diz que tem sim, só não parece. Ele afirma que não e diz que ela está mentido, ao que Min Young diz que não pode provar e de qualquer jeito ele fala como se já tivesse visto algo. Fofa, você pode não lembrar, mas ele viu sim.


Por fim ele pergunta se ela está feliz, e ela responde que sente como se a tivessem apressado a se casar e se convence de que ele não irá a cerimônia por isso pede que ele diga alguma coisa, como uma congratulação e ele se decide por um simples “seja feliz”. Isso não a satisfaz, mas ela deixa passar.

No apartamento, Suh Joon termina de montar a parafernália e procurando algo para tocar encontra o famigerado LP de O Guarda Costas. Ao retirar o disco ele nota algo no papel que vem dentro e pela sua expressão não é coisa boa.


Quando Min Young retorna, ele pede que ela escreva “I will always love you” – note o rapaz segurando o papel do LP na mão. A jovem reconhece o titulo da música e brinca com ele pensando que o rapaz está tentando ser romântico, mas ao notar sua expressão, vê que não é nada disso e faz o que ele pede.

Ele então mostra o papel em sua mão e pergunta quem é essa pessoa que ela irá amar para sempre. No papel está escrita a frase, uma data e local (Pokhara, 23/12/2012). Ele basicamente a acusa de o estar traindo, pois reconhece sua caligrafia. Ela se defende dizendo que o disco é de Sun Woo e a pessoa que escreveu provavelmente deve ser alguma ex-namorada.


Ela até pensa em ligar para o tio confirmar sua história, mas desiste afirmando que não irá invadir sua privacidade por causa de algo assim. O médico residente se irrita, recontando todas as evidencias que apontam para ela e vai embora depois que Min Young volta a defender sua inocência.

Curiosa, a jovem reescreve o texto do papel na integra – oh-oh caligrafia idêntica. De repente uma lembrança surge em sua mente – ela escrevendo o texto original em uma mesa com Sun Woo deitado dormindo logo atrás dela. Além disso, ainda recorda a vez que o jornalista lhe disse ter transformado Joo M.Y. em Park M.Y.


ELA LEMBROU?! Arre, minha cabeça deu um nó agora.

Em casa, Sun Woo que olhava a foto de Min Young vestida de noiva, é surpreendido por uma mensagem que começa a surgir no violão encostado em seu quarto. “Porque você não vem, mas estou esperando?”.


1993. O jovem Sun Woo termina de escrever a mesma mensagem dizendo a Young Hoon, sentando na cama, que o instrumento foi caro e um presente de seu pai, por isso sabe que jamais se livraria dele, o que facilmente poderia ter feito com os diários.


Depois ele decide deixar mais outros recados para seu eu no futuro e resolve que a casa é uma boa opção. Young Hoon duvida que ele more no mesmo lugar, mas de acordo com a carteira de identidade (que o amigo lhe mostra) isso é verdadeiro.

Armado com uma chave de fenda o rapaz começa a arranhar suas mensagens perguntando se ele curou o tumor cerebral, e pedindo que ele prove que ele (ambos?) ainda estão vivos e que mantenha a sua promessa (de ir vê-lo outra vez).


Em 2013 o jornalista acompanha o aparecimento de todas as frases e se pergunta até quando o garoto continuará esperando.

O momento é interrompido com a campainha que toca no futuro. Sun Woo abre o portão e dá de cara com uma trêmula Min Young. Ele pergunta diversas vezes o que há, o que ela faz ali. Ela mesma diz que não sabe e pergunta quem é Joo Min Young, mostrando o papel de dentro do LP.


Confusa, ela pergunta se Joo Min Young é ela, tentando fazer algum sentido do que está acontecendo. Ela esteve em Pokhara com ele, mas não esteve, ela sabe disso. E ele é tio dela, mas eles não eram parentes... aish. Sun Woo manda que ela pare de falar disparates, ela nem sequer está fazendo sentido, ela por acaso está bêbada?

A jovem não se deixa levar e persiste em pedir que ele conte porque eles estavam juntos se eles não estavam juntos. Porque ela é Joo Min Young? Que lembranças são essas? Porque ele está mentindo?


No limite do que pode aguentar Sun Woo lhe diz que ela deve estar bêbada e resolve levá-la para casa. Ele pega seu LP de volta e antes de entrar na casa pede que ela o espere. Ele dá alguns passos e olha novamente para a declaração no papel. Enquanto isso as lembranças de Min Young ficam mais vividas.

Merdamerdamerda, essa música não! *lagrimando*

Flashback. Nepal. Min Young observa Sun Woo dormindo e toca em seu rosto com ternura. Ela nota o gramofone em cima da mesa e o LP ao lado. Retira o papel do encarte e escreve o título-declaração e todo o resto que já vimos.


Emocionada ao se lembrar de tudo, ela sai correndo atrás de Sun Woo e sem o menor aviso o beija de leve. E com esse beijo as lembranças de todos os outros que eles deram ressurgem. Min Young estava certa, era ele, Sun Woo. Mas como? - ela se pergunta entre lágrimas.


E ouvimos em pensamento Sun Woo repetir o mesmo que disse para Young Hoon no restaurante:
“A memória permanece. A alma permanece. A dor permanece. Jogar fora os incensos não era o fim. É a consequência de tentar ser Deus. Para o resto da minha vida”.

COMENTÁRIOS

Vou admitir: por essa eu não esperava. Não mesmo.

Embora, dentro de tudo o que vimos, não seja uma virada impossível. De modo geral, ainda sabemos bem pouco como funciona o incenso – na verdade, a única coisa que sabemos de fato, é que ele transporta quem o usa, para um tempo, vinte anos antes. E caso qualquer acontecimento seja modificado, haverá repercussões naquele futuro do qual se partiu.

O que se supunha até então, levando em consideração Sun Woo e Young Hoon, os únicos que sabiam sobre os incensos, é que somente esses teriam sido capazes de manter as lembranças de todas as linhas temporais que ocorreram, possivelmente por saberem da existência da “máquina do tempo”. Mas com a descoberta de Min Young voltamos à especulação. Seriam todos capazes de se lembrar de suas “outras vidas”? Como isso acontece? É preciso algum indicio ligando diretamente a pessoa àquele tempo para que ela possa recuperar suas memórias ou basta que alguém lhe diga o que ela deve lembrar, por exemplo?


Pensando nisso, parece que tivemos pistas de que essa era uma possibilidade, na cena em que Sun Woo e Diretor Oh conversam, e o jornalista pergunta ironicamente se a memória dele é tão ruim assim. Ou de alguma forma Sun Woo já acreditava que as pessoas podiam ter essas lembranças e elas apenas ficavam escondidas ou ele apenas tentou ser engraçado – para nós que entendemos a piada.

E com isso, outras tantas questões surgem. Se as pessoas forem capazes de reter essas lembranças e mais tarde acessá-las não seria perigoso descobrirem essa vida alternativa que lhes foi tirada? Como Jung Woo que na linha temporal original morria nas montanhas do Himalaia. E inimigos como Choi, que poderiam vir a descobrir como nosso herói fora capaz de conseguir provas para incriminá-lo. Não ficaria ele tentado a se apossar do portal que o faz viajar? Ou será que eles se calariam imaginando estarem enlouquecendo?

Sinceramente, acredito que não. As últimas palavras de Sun Woo neste episódio indicam bem, o que há por trás da permanência das memórias. “A alma permanece. A dor permanece”. Nenhuma das personagens deixou de ser quem era no fundo (por isso a consistência de caráter), e os sentimentos permaneceram os mesmos, prova é que ao beijar Sun Woo, Min Young confirma o que vê (em suas lembranças) e muito possivelmente o que sente.


Então no fundo, não importa quantas linhas temporais ocorram, haverá sempre um eco da linha original, mesmo que ela seja interpretada como outra coisa na nova linha. Pelo menos, isso é o que eu acho. São tantas possibilidades e acima de tudo mais perguntas sem respostas. Só espero que o drama se lembre de solucioná-las para nós antes que o último episódio vá ao ar, ou terei seriamente que rebaixá-lo do status de cinco estrelas que já estou lhe dando desde já.

Ainda nessas considerações tenho de reconhecer que Jo Yoon Hee tem ido muito nem nesse drama, assim como muitos do elenco. A atriz conseguiu encontrar na forma como se comporta e fala um jeito de diferenciar JMY de PMY que nem sei como explico. Talvez seja essa dependência exagerada em Sun Woo que faz PMY parecer um pouco mimada e ter perdido um pouco do atrevimento que fazia de JMY uma heroína corajosa e com sangue nas veias.

As cenas divididas com Lee Jin Wook com certeza foram o alto do episódio, pois os dois parecem dividir um tipo de atuação mais comedida em cenas de forte impacto emocional. Nenhum dos dois precisou arregalar os olhos ou gritar ou chorar para dar veracidade à confusão de Min Young e à saudade de Sun Woo. Isso é que é OTP em sintonia.


Imagens: tvN/9

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