maio 07, 2013

Nine: Episódio 9

Foi-se o tempo em que os heróis eram indestrutíveis homens de honra e seus fieis escudeiros permaneciam a sombra de sua glória. Nine nos mostra mais uma vez porque excede expectativas em todos os aspectos ao mostrar que quando o melhor amigo e braço direito pode ser o maior herói, ganhamos mais um episódio excelente do inicio ao fim. É, ‘tô puxando o saco e daí? O blog é meu.

RECAP EPISÓDIO 9 

Depois de uma rápida recapitulação, o episódio abre com Yoo Jin e a filha Shi Ah vestidas de preto chegando ao velório de Papai Park lá em 1992. Algumas das pessoas participando da cerimônia comentam sobre o incêndio e a suspeita sobre o Diretor Assistente, Dr. Choi. Como por encanto, ele aparece em seguida e a conversa é interrompida.


Ele presta sua homenagem e aproveita para trocar algumas palavras com Jung Woo (que treme o tempo todo) e Myung Hee, que aproveita a chance e o alerta sobre o homem que testemunhou a cena no consultório. Depois a sós, ela conta inclusive que já o tinha visto anteriormente no cinema.


Em 2012, Presidente Choi que está a caminho do tribunal, relembra a viúva lhe contado sobre isso e como ficou preocupado que esse homem fosse denunciá-los a Polícia ou extorqui-los. Ele ainda se pergunta se esse homem teria dado a Sun Woo as filmagens do crime.

Na casa do jornalista, Young Hoon acompanha Min Young, que está de saída, até seu carro. Ele simplifica o estado do amigo dizendo que é coisa de homem, muito embaraçoso, e ela retorque dizendo que não acredita na história do Viagra. Hee.

Ele afirma que não é isso, e conta uma meia verdade: ele levou um fora e não tem reagido bem. A jornalista pergunta se por acaso o sobrenome da ex é Joo e se seu nome é parecido com o dela porque ele fica chamando-a de Joo Min Young. A cara de Young Hoon diz tudo. E ele evade a pergunta.


Ela vai embora e o médico fica ali fora, esperando. Algum tempo depois uma ambulância surge para buscar Sun Woo, que voltou a dormir.

No trânsito, Min Young relembra sua conversa com Sun Woo e até mesmo toca seu rosto no lugar onde ele a tocara, parecendo mexida com o ocorrido. Depois de checar algumas fontes ela liga para Young Hoon (que está dentro da ambulância levando o amigo) e deixa claro saber que ele andou prescrevendo remédios para o amigo, mas não vai pressioná-lo a admitir. Ela apenas pede que ele a informe caso algo aconteça.


Em seu consultório, Jung Woo remoí sua visita a Sun Woo no hospital, na época do incêndio lá em 92. Em seguida imprime e assina sua renúncia (demissão) do hospital. Min Young aparece no consultório e o interrompe convidando-o para almoçar.


Durante a refeição, ela comenta as diversas possibilidades que ela e sua mãe pensaram para explicar a surra que Sun Woo lhe deu. Ela confidencia que ele deveria fingir que tem a ver com dinheiro para assim fazer Yoo Jin perdoar Sun Woo e não importunar o marido com perguntas. O médico concorda, os pensamentos ainda longe, e ela nota que ele não tocou na comida.


Os dois se despedem na frente do hospital, quando Suh Joon vem chegando. Ele fica radiante em encontrá-la e aproveita que seus pais estão com ele no carro e os apresenta. A jovem reluta, mas é vencida pelas circunstâncias. Para azar dela, Jung Woo assiste a cena toda e interfere.



O irônico é que cada um acaba se apresentado para os pais do outro, o que em outro contexto (mais festivo, menos apressado e quem sabe até menos estranho) significaria que o relacionamento dos dois se tornou sério.

No hospital, Dr. Lim analisa as novas imagens do tumor de Sun Woo e se surpreende com o tamanho do monstro. Com o crescimento acelerado da mancha, ele não vê motivo para fazer a cirurgia (significando que não há salvação para nosso herói) e até critica Young Hoon por ter esperado todo esse tempo. O médico se defende dizendo que não agiu como médico, mas sim como amigo.


Enquanto isso Sun Woo assina o termo de NR – “não-ressuscitar”, caso ele venha a ter uma parada cardíaca ou qualquer outra complicação cirúrgica.

Depois de falar ao telefone com Min Young (sobre o namoradinho) Jung Woo observa sua carta de demissão outra vez. Outro telefonema o impede de se injetar mais uma dose de droga. É Sun Woo na linha pedindo que o irmão apenas o escute.

Ele afirma não ser capaz de perdoá-lo, apesar de isso não estar em suas mãos. E pede que hyung seja responsável pela vida e esposa que conseguiu depois de tudo – que ele lute contra a depressão e o vicio e seja um bom médico, marido e pai.. Que visite Mamãe algumas vezes; faça sua família feliz até o dia de sua morte, ou então sua existência (a de Sun Woo) não terá tido sentido. Acho que ele se refere a ter mudado o curso do futuro. Jung Woo chora e Sun Woo se despede e tenta desligar, mas acaba desmaiando.

Em 1992, Young Hoon vem chegando a casa de Sun Woo todo feliz e sorridente – há, já assim no primeiro encontro? Não é para menos que os dois se casaram. Algumas pessoas sentadas na sala ainda comentam sobre a autopsia que não foi feita e o incendiário. Ele é atendido por uma noona (não sei quem é, talvez a faxineira?) que o informa sobre a morte de Papai Park e como Sun Woo acabou ferido e hospitalizado.


Em paralelo, vemos Young Hoon em 2012 andando de um lado para outro do hospital e rezando. Uma enfermeira vem avisá-lo que o inchaço (do tumor) piorou e eles irão operar imediatamente. A tela divide e vemos as duas versões de Young Hoon correndo pelo hospital a procura do amigo.

O encontro ocorre primeiro em 92, quando o jovem irrompe no apartamento onde o amigo está e o encontra dormindo, sendo observado por uma parente. A ajumma não fica feliz com a perturbação, mas o rapaz acorda e pergunta ao amigo se ele soube do que aconteceu e ele responde que ainda a pouco, já que faz pouco tempo que voltou de Chuncheon. Ele é tão fofo que até chora. AWNNNNN~ 


Em 2012, Young Hoon encontra Sun Woo no meio do corredor sendo levado para a cirurgia. O jornalista informa o amigo que assinou o documento, sabendo que se não o fizesse ele acabaria falsificando sua assinatura. Ele se despede como se fosse morrer e recebe a ira do médico que afirma que o salvará, basta que ele faça a cirurgia. Sun Woo o chama de mentiroso e com um sorriso no rosto é levado embora.


E fica aqui registrado que mesmo que ele morra, alguém vai ter que usar os malditos incensos restantes para trazê-lo de volta. Desculpe, ainda faltam 11 episódios, só aceito a morte do herói aos 45 do segundo tempo e olhe lá!

Em 1992, Sun Woo inventa uma desculpa para ficar a sós com o amigo e revela que poderia ter salvado seu pai contando-lhe sobre o homem que apareceu em seu quarto e lhe disse o que aconteceria em detalhes. Young Hoon pergunta quem era essa pessoa e ele diz calmamente que era ele mesmo, 20 anos mais velho, vindo do futuro.



Ele até mesmo mostra a carteira de identidade e o amigo comenta que eles se parecem. O rapaz diz duhh óbvio, sou eu e lhe conta sobre a outra morte de que Sun Woo/2012 lhe confidenciou, mas ainda não sabe quem é, pois ele ficou de lhe contar isso nessa noite, só que mais tarde. Ele está preocupado que possa ser mais alguém da família como hyung ou Mamãe. Young Hoon tenta amenizar dizendo que não irá acontecer nada, mas o amigo não se convence e pede que ele vá vê-lo em seu lugar.

De volta ao futuro e direto para a sala de cirurgia. Eu poderia chamar minha mãe para me ajudar a descrever o que acontece, mas basta que saibamos que a cabeça de Sun Woo será aberta em breve.


Enquanto isso Young Hoon pondera sobre ligar ou não para Min Young, lembrando-se do que ela disse no último telefonema. Ele decide ligar, mas ela não o atende. A jovem está cobrindo a chegada do ano novo nesse momento e recebe um telefonema de Suh Joon. Ele está todo feliz que seus pais tenham gostado dela e comenta que eles gostariam que eles se casassem. Ela se assusta e ele sugere a primavera. Espera, isso é um pedido de casamento? - eu e Min Young em coro.


Ela tenta dizer algo, mas tropeça em suas palavras e ele nota que ela não parece muito empolgada e sugere a próxima primavera então. Os fogos de artifício começam e ela os usa como desculpa para encerrar a conversa e adiar a decisão. Aish, garota! Com o barulho ela não nota a chamada de Young Hoon logo em seguida.

Logo a cirurgia começa. Com a cabeça de Sun Woo aberta, o cirurgião comenta não saber como ele pode estar trabalhando na TV, pois pelo tamanho do mostro ele não deveria nem conseguir falar. URGH!

Em 92, Young Hoon espera por Sun Woo/2012 no local combinado. E espera, e espera e espera. Depois de duas horas ele telefona (de uma cabine telefônica!) para Sun Woo/92 e avisa que ninguém apareceu. Ele pergunta se de repente não há alguma mensagem no bipe, mas como o aparelho ficou na casa do rapaz, ele diz não saber. O amigo diz que irá verificar.


O jovem Sun Woo permanece no hospital pensando sobre o que Sun Woo/2012 lhe disse enquanto Young Hoon chega a sua casa. Não há mensagem alguma no bipe. Ele telefona novamente para o amigo e o informa além de comentar que é bem possível que esse mesmo cara seja o incendiário e sugere que eles liguem para a polícia.

Sun Woo não concorda e revela estar pensando que a pessoa que vai morrer é ele mesmo. O amigo se espanta e o outro continua sua lógica dizendo que ele não apareceu ao encontro porque deve estar morto, e por isso ele tentou alertá-lo, mas não disse diretamente, pois teve medo de assustá-lo. Cara, ele já era inteligente desde sempre!


2012. Sala de cirurgia. Os batimentos de Sun Woo não vão indo bem, nem a cirurgia. Dr. Lim resolve parar com o procedimento, não há mais o que fazer, mas Young Hoon não se dá por vencido e continua a cirurgia ele mesmo.

Vários alarmes começam a disparar nos aparelhos ao lado - o sinal da condenação -, mas o médico continua.


1992. Ligação telefônica. Young Hoon, racional como sempre, pergunta como ele poderia morrer aos 38 anos se parece bem (na foto) e se exaspera com o amigo dizendo que ele não vai morrer. Sun Woo parece estar certo disso, mesmo não querendo se conformar com a ideia de morrer tão jovem.Young Hoon o manda descansar, pois ele deve estar tendo algum tipo de alucinação ou pesadelo e desliga.

2012. Young Hoon está tentando reanimar Sun Woo que sofreu uma parada cardíaca e não responde. O médico faz tudo o que pode e continua fazendo a massagem até que algum dos assistentes ao lado lhe diz para parar e ele finalmente desiste. Sun Woo é fechado e tem o corpo coberto por um lençol. NÃÃÃOOOOO! 


Drama desgraçado, eu não sei de onde mais vou tirar lágrimas, mas do jeito que anda, possivelmente estarei desidratada até o final do episódio. Tragam Sun Woo de volta! 

Young Hoon recebe uma ligação de Min Young e conta que Sun Woo morreu, mas com o barulho dos festejos ela não consegue ouvi-lo e pede que ele repita. Ele tenta dizer novamente, mas se interrompe quando memórias começam a inundá-lo rapidamente. OBRIGADO DEUSES DO DRAMA!


Em 1992, Young Hoon ainda vaga pelo quarto de Sun Woo e deixa cair uma moeda, que vai parar num espaço estreito entre duas cômodas. Ao colocar sua mão no local ele nota uma embalagem e puxa – é o coquetel de remédios de Sun Woo/2012.

Ele telefona para o amigo e fala sobre a descoberta. Ele diz já ter ligado para o número de telefone estampado na embalagem, mas ele não existe e como é de um hospital ele sugere que talvez Sun Woo do futuro esteja morrendo de alguma doença. Como nenhum dos dois tem ideia do que possa ser ele manda Sun Woo chamar um médico.


Enquanto isso, imagens de Young Hoon em 2012, correndo pelo hospital atrás do corpo de Sun Woo são entrecortadas com o que acontece em 92.

Voltando para lá, Young Hoon/92 conversa com o médico que Sun Woo chamou. Ele descreve as pílulas do coquetel e soletra o nome escrito em uma delas. O médico pensa, dá um nome cientifico que nenhum de nós leigos sabe o que é. O garoto pergunta o que significa e ele prontamente diz a palavra mágica: TUMOR CEREBRAL.


2012. Young Hoon finalmente encontra o corpo ainda sendo levado pelo corredor. Ele para os enfermeiros e com o coração na mão desembrulha o corpo, que não é do nosso herói. YAHHHHHHHHHHHHH! *FELIZFELIZFELIZ*. Nesse momento, ouve-se a voz de Sun Woo, as portas logo ao lado se abrem revelando a televisão ligada que transmite o jornal noturno com Sun Woo apresentando e anunciando a chegada do ano novo.


Extasiado, Young Hoon fala para a imagem do amigo que realmente salvou sua vida. “Quem é o mentiroso agora?!”.


COMENTÁRIOS

YAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Estou tão feliz que quero pular feito uma louca. E quase matei a coitadinha da minha avó de susto que estava ao meu lado enquanto eu assistia ao episódio.

Sei que é chover no molhado, mas não tem como não elogiar o time responsável por Nine, eles são simplesmente fantásticos! Sem medo de fazer nosso herói andar pelos caminhos mais obscuros de sua história e sair deles marcado, mas de todo modo vivo. E isso desde muito novinho.


Muito embora quem tenha brilhado de fato neste momento tenha sido Young Hoon. Venho notando que o drama não se concentra apenas no personagem principal, dando aos secundários uma chance de se mostrarem para nós, ganhando sua própria história ao invés de servirem apenas como extra.

Ainda melhor do que ter vida própria é ter espaço para desenvolver e nos envolver no processo. Sei que parece óbvio, mas não é sempre que os doramas coreanos se preocupam em mostrar mais de quem está ao redor do herói, fazendo com que muitas vezes se tenha a impressão de que as outras pessoas apenas gravitam em torno do personagem principal e estão apenas esperando aquela parte do enredo onde ele faz/oferece/proporciona algo que afeta o destino do herói e dá andamento ao que se conta.

Perceba que aqui, desde o inicio, alguns personagem receberam a oportunidade de mostrar um pouco de seu próprio universo para depois nos dar sua ligação com o herói e não o contrário. E que apesar de afetarem a vida de Sun Woo, eles o fazem seguindo um raciocínio que combina com suas personalidades e não apenas como um recurso barato para criar tensão ou provocar lágrimas.


Young Hoon brilha neste episódio como o melhor dos melhores amigos que alguém pode ter. Ele não somente é conselheiro, fiel escudeiro, confidente. Ele é mais. Partilha experiências e momentos com o amigo que com o tempo fortalecem laços que criamos muitas vezes sem perceber.


E Young Hoon tem sua própria visão das coisas, completamente humano. Ele ri, chora, se desespera, reza. Se equilibra entre ser um homem da ciência e um homem crente, de fé. Faz tempo que não encontro uma personagem tão humana, tão terrena, tão exemplo de alguém que você conhece. Eu poderia encontrar Young Hoon na rua e acharia completamente normal, pois ele cabe dentro da nossa “normalidade” e é essa sensação de que, mesmo quando o que acontece foge completamente ao que é real, mas ainda assim você compreende porque alguém se comporta de maneira “x” ou “y”, que nos faz continuar acompanhando a história.

O médico definitivamente e a nossa ligação mais sólida com o real. E por isso mesmo, considero brilhante que tenha sido exatamente ele que mesmo sem muita mágica, tenha salvado a vida do amigo, ainda mais quando ele prometeu em alto e bom som que o salvaria.

E sim, ter um texto consistente ajuda muito para que o ritmo da história continue fluindo, mas se não temos alguém competente para dosar e filtrar o quê da personagem deve vir à tona em determinados momentos, poderíamos ter uma cena cheia de potencial completamente desperdiçada.

Young Hoon não tem, por exemplo, o mesmo gesto particular de Sun Woo (aquele tique de tocar os lábios) – que considero ser algo que ou o diretor ou a roteirista pediram – e ainda assim consigo olhá-lo tanto na versão jovem quanto adulta e dizer que eles são sim a mesma pessoa.


Tanto Lee Yi Kyung (versão de 92) quanto Lee Seung Joon dão conta de nos dar uma versão digna do melhor amigo, muito embora, Seung Joon-sshi, com mais tempo de câmera, consiga fazer a personagem brilhar ainda mais. 

Imagens: tvN/9

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