agosto 07, 2013

Nine: Episódio 20 (Final)

O mundo é feito de todos os tipos de possibilidades e sua infinidade é possivelmente o que nos leva a pensar nos “e se” que não ocorreram, exatamente por termos feito nossa escolha. No final das contas, ainda que nossas crenças (no destino, em Deus, em karma, seja-o-que-for) possam pesar em nossas decisões, somos nós que construímos nosso próprio futuro.

RECAP EPISÓDIO 20 

1993. Sun Woo adulto está desmaiado, ok, ok, está morto e Shi Ah o chama novamente. O ajusshi que vira o carro de Choi saindo da rua aparece contente agora que a chuva passou e por fim enxerga Sun Woo no meio dos destroços.


Ele grita por ajuda e outros senhores se aproximam para tentar tirar a vitima dali. Um deles grita para que chamem a polícia e diversas pessoas começam a se aglomerar em volta da cena. Yoo Jin também chega ao local, embora nem perceba a comoção, ocupada em ralhar com a filha por estar demorando. A garota então diz que o homem morreu (apontando para o grupo em volta do corpo) e percebendo o que a filha quer dizer, ela tenta levar a garota embora dizendo que ela não deveria ver esse tipo de coisas.

Shi Ah, no entanto, não quer arredar pé, argumentando que o conhecia e até falava com ele. Yoo Jin não está com paciência e sai levando a garota, reclamando que o avião está para sair; elas estão indo para a América e não para um piquenique.


Revemos a cena das duas dentro do táxi e agora a expressão de tristeza no rosto de Shi Ah parece ainda pior, sabendo o que ela significa. A menina olha pensativa para o seu dedo mindinho.

O que presumo ser o dia seguinte, um algemado Jung Woo bate à porta do irmão que permanece trancado lá dentro. O policial que o acompanha tem pressa e pede que eles partam. Revemos também o rapaz sendo preso e o irmão chorando sozinho em seu quarto.

O jovem Sun Woo recebe uma mensagem pelo bipe durante a noite, retorna para o número e recebe um convite para jantar. É Repórter Oh que na cena seguinte, diz ter pensado no garoto ao terminar a cobertura do caso. Notando o baixo-astral do rapaz, ele comenta que a pena de hyung será leve e ele não deve odiá-lo, pois acabará apenas machucando a si mesmo.


E continua dizendo que isto não é nada comparado a todo tipo de coisa que ele já testemunhara por causa de seu trabalho. De repente, Sun Woo pergunta se poderia se tornar um repórter ao que o outro se surpreende que ele queira. O jovem diz gostar do trabalho, já que ele fez algo que nem a policia conseguiu fazer, ainda que nunca tenha pensado muito sobre o assunto.

Repórter Oh tenta dissuadi-lo da ideia dizendo que é trabalho pesado e complementa perguntando se ele é inteligente, porque isso é fundamental. O rapaz simplesmente diz que sim (é inteligente) e o outro adiciona que também é preciso do rosto certo para ser um repórter televisivo como ele e o garoto se diz perfeito para o serviço então.


O jornalista então diz ao garoto que o ajudará, ele tem potencial para ser um bom jornalista com tudo o que já viveu, e será bom em encontrar as injustiças desse mundo e lutar contra elas. E diz ao garoto que se ele estudar com afinco, lhe dará uma chance.

Mais tarde ao chegar em casa Sun Woo ouve na secretária eletrônica a última gravação que sua versão adulta de 2013 (que acabou de falecer) lhe deixou. Ele diz que voltará para seu tempo ao meio dia e nunca mais voltará, não importa o que aconteça ou que mensagem ele tente enviar, por isso, pede que ele esqueça-o e viva sua vida, pois não é necessário que ele saiba como sua vida será, se suas decisões é que moldarão a pessoa que ele será no futuro, ou seja, é ele quem fará Sun Woo ser quem ele é.


A única concessão que ele faz é afirmar que ele terá uma boa vida, pois sempre tomou as decisões certas, basta que ele viva seus dias do modo certo e em vinte anos ao se olhar no espelho, ele verá exatamente esse mesmo Sun Woo que lhe está dizendo isso. Cena perfeita! 

O jovem Sun Woo escreve então sua última mensagem para si mesmo no futuro, perguntando se ele retornou sem problemas. Afirma que acreditará nele quanto a perdoar hyung algum dia e tomará as decisões certas, pois sentiu que a pessoa que ele se tornara era boa. Promete ainda não contatá-lo novamente, afinal ele é um cara que cumpre sua palavra e se despede esperando vê-lo (ou melhor, ver a si mesmo) em 20 anos.


2007 – 14 anos depois
Barulhos de sirene ao fundo, um homem caminha por um túnel escuro com apenas uma lanterna na mão. Do lado externo, carros de policia e ambulância completam a cena de acidente, enquanto corpos cobertos são removidos do local. Repórteres em volta.


Um dos policiais nota que uma das vitimas está sem o braço e ordena que o policial ao lado vá buscar o membro que falta. Ao ouvir o policial que fica, reclamar da imprensa no local, um dos cinegrafistas comenta para um certo repórter chamado Park que é melhor ir embora, ali não vai dar em nada, e por fim nota que o tal repórter não está mais ali a seu lado.

Voltamos para o homem no túnel, Repórter Park – nosso herói Sun Woo – que encontra nada mais nada menos do que o tal braço que falta. Enquanto observa o membro, chega uma ligação do cinegrafista de ainda pouco e ele comenta que estava certo, aquilo é um assassinato. Um caminhão vem vindo pelo outro lado do túnel na direção do repórter e para evitar que a pista se perca, ele agarra o pedaço de braço *nojo* e desvia do veiculo.


Já tendo saído da cena do crime, Sun Woo recebe uma ligação de Diretor Oh lhe dizendo para comparecer a festa de boas-vindas dos novos repórteres. Sun Woo retorque aborrecido que quase morreu e tudo o que ele quer falar é sobre uma festa. O diretor ignora a birra e ameaça demiti-lo se ele perder mais essa confraternização. HÁ

Ele então usa as palavras do diretor 20 anos atrás quando ele disse que o protegeria e o acusa de ter mentido para um inocente estudante. Diretor Oh apenas grita que ele compareça e desliga. Vocês dois... 


Revivemos a cena dos três repórteres juniores no noraebang com os outros sunbaes (aquele flashback do episódio 12). OHHHHHH, peraê, estamos revivendo toda a saga ou isso aqui é uma nova linha temporal, já que o passado foi alterado?

Sun Woo quebra a cabeça de Min Young (novamente?) e eles vão parar no hospital (mais uma vez?). Min Young não falha, e se interessa pelo repórter (uma outra vez?) por causa de suas habilidades discursivas. Saindo do hospital, a garota tenta se desculpar pelo que fez e deseja convidá-lo para um café, mas Sun Woo não está interessado e deseja ir para casa.

Ignorando a jovem, ele entra em um táxi e ela se enfia dentro do veiculo também, a contragosto do outro e paga o maior mico ao dizer que apenas pegará uma carona até o ponto de metrô mais próximo, que é logo ali em frente (uns 10 metros). Ela disfarça dizendo que aquela não é a sua linha.


Ela tenta conversar com o repórter, mas ele corta a garota direto, ignorando suas perguntas e até ameaça matá-la caso ela tente dar uma de garota para cima dele – ou seja, tentar dar em cima dele, ou usar de truques tipicamente femininos – levando em consideração que ela já está em sua lista negra por causa da confusão da bebedeira.

Enquanto ele diz essas palavras a jovem parece se assustar com algo que vê em seus olhos e o repórter nota a mudança. De repente, Min Young se afasta dele e pede com a voz tremida que o taxista pare o carro e a deixe sair. Ela desce por ali mesmo e diz adeus sem sequer olhar direito para Sun Woo que acha tudo muito estranho. OHHH, ela lembrou? 


Em casa, ela pesquisa sobre ele na internet, lembrando-se dele naquela cena cretina do inicio do episódio (lembre-de-mim-me-odeie-vou-destruir-sua-vida-blá-blá-blá). Vou te contar, isso é que é jeito de impressionar uma garota!

No dia seguinte, Min Young começa a evitar Sun Woo feito a peste, e até o sunbae chato quer saber o que aconteceu entre os dois no hospital, porque a garota não parou de lhe fazer perguntas sobre um possível passado criminoso de Sun Woo; qualquer coisa como assédio sexual, casamento anulado ou casos de violência, ou seja, qualquer coisa que o configure como um tarado, ou agressor ou cretino de merda.


Ele imediatamente vai atrás dela e tem praticamente que arrastá-la para longe dos seus amigos repórteres e ter uma conversa séria. Eles vão parar na sala de reuniões e mesmo em pânico a garota parece relaxar assim que Sun Woo aponta que é possível vê-los pelo vidro e que ele não iria atacá-la ali.

Ele quer saber o que diabos está acontecendo, realmente não consegue entendê-la. A jovem pede desculpas, justificando que tem alguns problemas. HÁ, eufemismo do ano.


Ele quer saber que problemas são esses e ela apenas responde que é um trauma de infância, mas não pode contar, pois ele achará que ela é perturbada e ele contra-ataca dizendo que já acha que ela é perturbada, embora não desista e peça para ela resumir a história se houver mais alguma coisa que ele precise saber.

Min Young toma coragem e dispara as palavras como quem tem medo de desistir no meio do caminho, confessando que se apaixonou por ele à primeira vista. Mas infelizmente ela não pode gostar dele porque ele destruirá sua vida e adiciona que não pode explicar como sabe disso.

Ela até pensou em pedir demissão, mas como gosta muito do novo emprego resolve pedir para que ele se mantenha longe dela, não a veja fora do ambiente de trabalho ou sequer seja legal com ela. O melhor é que ela parece pensar que isso também é uma tortura para Sun Woo, pois também se apaixonou por ela. *morrederir*


O jornalista respira fundo antes de responder incisivamente que não tem, nem nunca terá, qualquer intenção de se aproximar ou gostar dela, por isso pede que ela não invente de se demitir por causa dele. Imediatamente a garota começa a se inquietar, esconde os olhos e pede, por favor, para que ele “pare de fazer isso”. “Isso o quê?” pergunta Sun Woo exasperado. De ser tão sexy resume a outra. LOLOLOL.


Eu já disse o quanto gosto da Joo Min Young?

2008 (um ano depois)
Min Young vai até o camarim de Sun Woo, provavelmente lhe entregar uma pauta e o encontra cochilando no sofá. Num primeiro momento ela planeja deixar o material e sair, mas acaba sendo fisgada pela leve abertura da camisa do jornalista. Puxando devagar, ela tenta dar uma conferida no peitoral do rapaz (hum... está procurando um tanquinho pós-serviço militar?). Sun Woo acaba acordando e pegando-a no flagra e antes que ela fuja, encurrala a garota contra o sofá.


É bem assim que Diretor Oh encontra os dois, presumindo o que qualquer um faria num momento desses, ele vai embora ignorando os protestos de Min Young para que ele pare de tocá-la e de Sun Woo para que se chame a policia, pois ela o atacou primeiro.


2009
De saída para alguma cobertura externa, Min Young tenta ser gentil com Sun Woo lhe trazendo café. Ao notar que ela está sentada a seu lado, ele pede que ela troque de lugar com o sunbae cinegrafista que se recusa, sugerindo saber que tem algo rolando entre eles. Sun Woo chega até a dizer que não pode ser assim, ou ele irá arruinar a vida dela.

Mais tarde ainda dentro do carro, Sun Woo adormecido acaba encostando-se a Min Young que se aproveita da situação para tirar fotos dos dois naquela posição. Sun Woo acorda depois da sessão fotográfica sem parecer ter notado e volta para sua posição inicial dizendo que foi sem querer.



A garota tenta convencê-lo a se encostar novamente e até pede para ele parar de falar sobre o trauma dela, já convencida de que ele não é uma má pessoa, ao que ele diz que respeita seu trauma e inclusive pergunta se falou demais e acabou despertando o desejo (sexual) dela. *morre*


2010
Navegando na internet sem fazer nada, Min Young só falta entrar em combustão ao receber um telefonema de Sun Woo convidando-a para ir ao cinema, ou melhor, intimando a garota. (♫그냥 조금 (Inst.) – Urban Zakapa♪) - Ela faz toda uma produção (maquiagem, escolha de combinação, vocês sabem), só para descobrir que ele tinha convidado o resto dos funcionários da CBM.


Os rapazes encarnam na garota, percebendo que ela pensara que ele havia convidado-a para um programa a dois. No escuro da sala de cinema, ela chora envergonhada e inconformada que ele ainda não goste dela, embora tenha a coragem de perguntá-lo se ela parece bonita. Ele não responde, mas sorri consigo mesmo, todo feliz. Seu sacana! 


2011
Sun Woo está dormindo em algum quarto que ainda não tínhamos visto (adorei a décor). Ele é despertado por uma chamada de Min Young e responde em inglês (“hello”) e ouve a voz de Min Young em alto e bom som coreano. A tela divide, vemos a moça no aeroporto e ele resmunga que ligações internacionais são caras. Ela o ignora e anuncia que está de partida para Nova York e exige que ele vá buscá-la no aeroporto e diz saber que ele não está ocupado.


Ele reclama várias vezes com ar de ultrajado quando ela insinua que ele organize uma programação para os dois e a receba com um beijo ou um abraço. E mesmo assim, ele levanta todo feliz da cama, depois que ela desliga, dizendo que a garota está fora de controle.


2012, dezembro.
Hora do “merchan”. ♫오 제발 – Natthew♪ toca ao fundo.

Sun Woo encontra-se com Jung Woo em um restaurante. Hyung comenta que foi visitar a mãe e ela parece bem. Enquanto ele faz o pedido pelos dois, Jung Woo o observa com atenção. Sun Woo pergunta como ele tem passado (“bem”) e ao notar a expressão do irmão, pergunta curioso o que é.


Jung Woo diz que fica surpreso e maravilhado toda vez que vê o irmão, pois ele se parece cada vez mais com o homem que os ajudou vinte anos atrás. Sun Woo diz não se lembrar e algo em seu rosto nos diz que isso não é verdade.


Depois, mudando de assunto, hyung traz à tona a vida amorosa do irmão e pergunta se ele não vai se casar, não teria ele uma namorada? Sun Woo devolve a pergunta e os dois sorriem com seus segredos e fantasia sobre casamentos que não caem bem para os dois (por causa da impressão que a sociedade teria deles, em relação a seus problemas familiares, etc).

No entanto, Sun Woo comenta que se pudesse, tem uma garota com a qual ele se casaria; uma garota doida que só tem uma única qualidade, mas que pelo menos não o faria sentir-se deprimido e nós já sabemos de quem se trata. O irmão curioso quer saber quem é, e Sun Woo diz que irá apresentá-la da próxima vez, pois se tivesse trazido-a junto, ela iria pensar no pior. Ao saber que o irmão estará passando a virada do ano no Nepal (ah não, de novo não!), comenta que a tal garota também estará por lá a trabalho.

De volta à emissora, ele encontra o grupo de partida para o Nepal, menos Min Young que está a procura dele, irritada por não encontrá-lo em lugar nenhum. Os dois acabam se encontrando no camarim dele e reclama por vê-la por ali, quando todos já estão indo. Ela, por sua vez, fica chateada que ele não esteja nem um pouco aborrecido em não poder vê-la por semanas, ao que ele pergunta e-eu-quico?, trancando a porta e questionando se era esse tipo de coisa que ela esperava. “Sim”, ela responde.

Ele então se aproxima devagar perguntando o que mais deve acontecer e ela tenta dizer alguma coisa inteligível e se sai com um “você sabe”. Ele avança e a carrega para cima do balcão atrás dela. OMO! Esse é o momento em que dou um guincho estridente. “Algo assim”, ele pergunta. “Sim, algo como isso”, ela responde com os olhos colados nos dele.


Eles repetem a graça de “e o que mais” e “você sabe” e o jornalista se aproxima, apenas brincando com ela que segundos depois abre os olhos e pergunta por que ele não está fazendo (aquilo). HÁ. Ele se afasta um pouco e diz se lembrar de ter prometido nunca tocá-la, por causa de seu trauma, e se ele arruinar sua vida? Ela balança a cabeça negativamente dizendo que não irá acontecer e nem consegue mais se lembrar do dito trauma.

Young Su bate a porta procurando por Min Young, que tenta apressar Sun Woo porque ela não tem muito tempo e seguimos com a cena de "pegação" moderna mais épica dos últimos anos da TV (paga) coreana – TV à cabo, você tem todo o meu respeito e dedicação.


*ok, ajudaria se a atriz contribui-se mais para o beijo, mas ‘tá valendo. 


Os dois se separam depois de um tempo e Min Young tenta voltar para um 2º round, mas Sun Woo diz que só vai lhe dar outro beijo no próximo ano (que nem está tão longe assim) e explica que aos poucos irá diminuir o intervalo entre eles, caso ela não queira esperar, pode se casar com outra pessoa.

Enfezada e ruminando a ideia, Min Young volta para o camarim (já quase tendo ido embora), certa de que ele estava brincando com ela sem nenhuma pretensão séria e o acusa de arruinar sua vida, ou melhor, sabendo agora como ele iria arruinar sua vida – ela devia tê-lo ouvido quando ele a aconselhou.

Sun Woo quer saber do que ela está falando, quem é essa pessoa que ela deveria ter escutado (ela usa a expressão keu saram = aquela pessoa) e ela explica sobre o homem que se parece com ele que lhe pediu para ficar longe da pessoa que se parecesse com ele.


Sun Woo está prestes a dispensar a ideia doida de Min Young quando algo lhe ocorre. Flashback da promessa. Pera, pera, quem está lembrando? Quem? ARGH! 

Ele então pergunta quando e aonde isso aconteceu e descobre que foi perto de Chongro em 93. Ela sabe que ele morreu, mas não sabe dizer do que, embora o homem estivesse bastante machucado. Sun Woo começa a ligar os pontinhos quando Young Su volta para buscar Min Young e ela vai embora ainda aborrecida com ele.

Já no avião, prestes a decolar, Min Young recebe uma ligação de Sun Woo, que já está em sua casa, o antigo diário em suas mãos. Ele está fora de si que ela tenha prometido ao homem ficar longe dele e não tenha cumprido sua palavra (ele já sabe!) e ela diz que não conseguia deixar de gostar dele ao que ele grita que ela é uma idiota. Awnnn~ ele está puto que não conseguiu evitar que gostassem um do outro... 


Ele está totalmente irado e a chama de estúpida por não ter ficado longe dele, “o que você vai fazer quando eu morrer agora?”, ele pergunta. Ela obviamente não entende nada, mas não pode continuar com a conversa porque a aeromoça fica insistindo para que ela desligue o telefone.

Ele lê sua última mensagem (aquela desse episódio) e decide ir para o Nepal no mesmo dia, mandando que alguém lhe consiga uma passagem. Enquanto faz as malas ele se olha no espelho, temos ao fundo a voz do jovem Sun Woo narrando o resto da mensagem. Por um segundo Sun Woo volta a ser aquele garoto e a narração muda para a mensagem que o adulto lhe deixara na secretária eletrônica. Vemos as duas versões do mesmo Sun Woo, passado e futuro, uma última vez.


Corta para Sun Woo no aeroporto, note a vestimenta igual ao do primeiro capitulo (ai caramba, estamos reiniciando tudo, não é?). Depois de despachar sua mala minúscula, ele nota que está sem relógio e compra para si, em uma loja logo ali, o seu modelo digital de dupla função que o vimos carregando o dorama inteiro.

Young Hoon, que esteve sumido o capítulo todo, faz sua participação obrigatória especial de cinco minutos definida em contrato, só para reclamar que os dois iriam se encontrar naquele dia e ele furou com o amigo. Ao saber que ele está no aeroporto, o médico pergunta se ele está indo ver Min Young e o jornalista diz que ela é a chave de tudo – de seu destino. Ele confidencia que há outro problema além do tumor – AI MEU DEUS, não estamos voltando, estamos em outra linha temporal!!!! – e que o eu dele, que vivia em 2012/2013 (da 1ª, 2ª e 3ª linha temporal) morrera em 93.


E pergunta ao amigo se lhe fora permitido saber disso para poder mudar o ocorrido (se salvar) ou se ele nada pode fazer já que o ocorrido já ocorreu. Young Hoon coça a cabeça, confuso. “O que você acha?” pergunta Sun Woo olhando para a câmera. Já te respondo, deixa só o recap terminar.


Tomando seu lugar no avião, a voz do jornalista narra:
“4 de dezembro de 2012. Minha primeira mensagem pra mim mesmo. Eu não sei se é por sorte ou por azar que o que você queria não aconteceu. Min Young me amou de qualquer forma. Não posso mais viver sem me importar (sem querer saber) com o futuro. É possível que por você ter deixado uma forte impressão em Min Young quando jovem ela se apaixonou por mim à primeira vista. Eu pude me tornar um repórter unicamente por causa da ligação que você provocou no passado. Se tudo isso é verdade (são fatos), então eu posso salvá-lo. Posso evitar que Min Young seja infeliz por minha causa. Mas isso é apenas uma fantasia. O que você teria feito agora? Eu vou fazer o mais simples. Eu vou acreditar somente no que eu quiser. E vou simplesmente amar a garota que eu amo”.

OHHHH, é a mesma resolução que ele tomou no episódio 3.

EI, ACABOU? ------
---- Não, ainda tem coisa!

Os créditos finais passam e voltamos para a cena que abriu toda a história de Nine. Jung Woo está literalmente morrendo congelado no meio do Himalaia (Nepal), segurando com toda a sua vontade uma vareta de incenso. De repente uma sombra surge sobre seu rosto. Jung Woo abre os olhos lentamente tentando enxergar contra a luz. O homem que acaba de surgir retira seus óculos e revela ninguém menos do que nosso herói Park Sun Woo, exibindo um cavanhaque estranho.


Ele diz: “오래간만이야, 형”. Ou seja, "há quanto tempo, irmão". E ele estende a mão para ajudá-lo.


-FIM- 

COMENTÁRIOS

E era uma vez uma viagem no tempo. Antes de mais nada, gostaria de dizer que cada um pode ter sua própria interpretação do que ocorreu, ou o significado do final neste dorama já que os escritores optaram por deixá-lo em aberto.

Surpreende-me a atenção com detalhes (cara, até aquela cicatriz enorme do braço eles mantiveram!) e a forma cuidadosa como a história fora conduzida a maior parte do tempo. Espero que vocês tenham reparado bem em Sun Woo nessa última parte do dorama quando ele já está no aeroporto. Isso não é refilmagem, a sequência já havia sido feita desde o começo – dá para notar se vocês prestarem bastante atenção. E pelo visto tudo estava bem claro para a produção, pois Jin Wook-sshi deu uma entrevista à pouco tempo atrás dizendo que ele recebera 8 episódios de Nine na época que eles ainda estavam escolhendo o elenco e ficara tão empolgado com o que lera que pediu a sua agência que lhe assegurasse o papel.

Particularmente, gosto muito do que foi feito, embora pudéssemos ter chegado ao mesmo ponto de um modo mais empolgante – talvez eu esteja falando do ponto de vista do escritor e não do telespectador, pois tivemos, afinal, indícios de final feliz.

Então no final das contas, todas as referências utilizadas até agora como crenças cristãs, o entendimento de karma e destino (círculos viciosos, talvez?) eram pistas falsas. Comentei anteriormente que poderíamos estar nos aproximando dos conceitos aplicados à Teoria das Cordas e os multiversos. E acredito que é por aqui mesmo.

Eu realmente não fiquei convencida com Sun Woo me dizendo que ele era o incenso (não tenho estudado coreano, então me baseei mais na legenda do que no que ouvi, então se não foi isso o que ele disse, me perdoem). O que enxergo aqui é algo como um preço. Jung Woo é quem recebera a chance de modificar o passado e, portanto, para que o passado pudesse ser modificado – uma nova possibilidade, um novo curso – era necessário que o “ciclo natural” de possibilidades em cadeia que viriam após aquilo, teria quer ser modificado por completo, ou seja, uma nova realidade seria criada.

Isso não significa que aquela primeira linha temporal que vimos (Jung Woo morre no Himalaia) não ocorreu. Ela apenas está sendo completada, seguindo em frente em um nível diferente. Imagine várias bolhas de sabão e que em cada uma delas um futuro diferente existe para cada diferente possibilidade ocorrida em relação à alguma coisa. O que ocorre então é o fim de um ciclo para que outro ciclo ocorra. Um novo e diferente ainda que similares em alguns aspectos porque as pessoas ainda são as mesmas, o que muda é a forma como elas lidam com aquela diferente realidade – que para eles não é diferente, pois eles não têm como lembrar-se do que se passara já que nem todas as marcas físicas estão mais presentes como nas primeiras alterações.

Caso você esteja se perguntando como então Sun Woo sabe que pode alterar o espaço contínuo, basta lembrar que ele escrevera para a sua versão do futuro diversas vezes quando jovem, ele tivera contato com aquela versão de si mesmo, ou seja, ele sabe que pode voltar no tempo, embora ainda não saiba como. Vê? Tem lógica, mesmo tendo que esmiuçar algumas coisas antes.

E por isso considero que a história acaba amarrada direitinho, sem grandes buracos, mas alguém ai pode estar se perguntando ou questionando outras coisas que me possam ter parecido óbvias, então caso vocês tenham algum problema em digerir essa minha teoria ou ainda queiram mais explicações, sintam-se livres para perguntar. Afinal, tudo o que eu quero é uma desculpa para olhar mais uma vez para Lee Jin Wook.

*p.s.: Se vocês estão aborrecidos que não teve (mais) cena de casamento (que dá certo), mais “pegação” ou provas escancaradas de final feliz entre os pombinhos, eu terei de lembrá-los que apesar de ter sido promovido inicialmente como se Sun Woo voltasse no tempo para reaver Min Young (o que acontece mesmo), repare bem que a questão central do drama são os conflitos familiares de Sun Woo.

Deveria ser uma história de amor disfarçada de viagem no tempo, mas na verdade é uma história de viagem no tempo (e descoberta e amadurecimento) disfarçada de história de amor. Então... não...vocês terão que se conformar que está tudo dentro dos conformes. Esse é o charme.


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