março 26, 2014

Cruel City: Episódio 15

Esse dorama nos tem ensinado que não existe bem ou mal, pelo menos não nesse submundo onde toda a intenção seja ela boa ou má, só serve se garantir sua sobrevivência. A verdade não importa. A mentira não importa. A única razão aceitável é em nome da sobrevivência e é por isso que muitos vivem. E também porque alguém sempre tem que morrer.

RECAP EPISÓDIO 15

O episódio inicia com Park-sa tentando lidar com as informações recebidas no episódio anterior. Ele definitivamente não está bem. Em frente ao rio Han (não sei se depois, ou ainda naquela mesma cena lá atrás) ele fala com a mãe em pensamento e pede desculpas.


Pusan é outro que também está coberto de pesar. E observando a foto do filho, Dir. Jo, ele manda que seu lacaio-mor, cujo nome finalmente entendi (Phan-mok*), avisar a todos que Park-sa e Safari não estão mais sob sua proteção. Ache-os e mate-os é a ordem final. Mas antes do rapaz sair adiciona que também eles cortarão relações (com Procurador Ji) se Hyung Min continuar interferindo.

*판목 palavra coreana usada para designar os pequenos blocos quadrados de madeira usados para revestimento de piso, aqui por nós chamados de taco.

Corta para Soo sozinho sendo perseguido por vários gângsteres. Ele escapa e vai direto para o esconderijo de Park e dá de cara com o local vazio. Ele tenta telefonar para o amigo que não atende. Então ele telefona para Jin Sook e a alerta do perigo. Ela também ruma para o QG soturno.

Lembrando-se de Prof. Jang, Jin Sook telefona para Soo Min e pede que ela vá buscar um envelope em seu escritório. Ela até encontra o envelope, mas dá de cara com Phan-mok e mais outros mau encarados.


Ela tenta fugir, embora não vá longe e como se recusa a dar o paradeiro de Jin Sook, acaba levando uma injeção de algo desconhecido que a dopa quase que imediatamente. E é somente agora, mole e descabelada que Phan-mok reconhece Soo Min do dia da emboscada para Park-sa.

E falando nele, o próprio aparece no local, provavelmente sem ideia alguma do que estava acontecendo. E depois de socar a todos ele encontra Soo Min no chão, praticamente desacordada.


Safari também recebe o mesmo tratamento. Logo depois de se livrar dos homens ele recebe uma ligação de Pusan só para confirmar se ele ainda está inteiro e avisa que continuará enviando seus homens.

Safari então resolve ir até a Unidade Policial, e fazer uma visita a Hyung Min que acha curioso ele estar ali quando ele pode ser preso pela morte de Dir. Jo. Safari sabe que ele não tem provas e parte para os finalmente dizendo que quer ajudá-lo a pegar Park e Pusan.

Hyung Min confirma que pretende usá-lo para esses fins mesmo que Safari seja morto no processo já que traiu a Polícia. Safari devolve que ele é mesmo muito inocente para acreditar nisso. Da feita que você vivencia esse mundo e cruza a linha que o divide do resto, acaba descobrindo que não há moçinhos nem bandidos, todos são iguais.


Hyung Min ouve a tudo com calma até mesmo quando Safari diz que ele (Hyung Min) poderia morrer primeiro ou insinua que alguém de sua equipe esteja vazando informação, ou seja, um agente duplo.

O Parlamentar Cha e Procurador Ji se encontram em um restaurante japonês tradicional e trocam amenidades. Cha pergunta a Ji se ele resolveu o assunto com Presidente Jo (aka Pusan) e ele afirma que o recado foi dado. O que eles não sabem é que Pusan está na cabine ao lado ouvindo tudo através das finas paredes de papel de arroz.


A mando de Pusan, Phan-mok deixa um presente para os dois que aceitam de bom grado. Parlamentar Cha aproveita e comenta ter sabido que sua filha tem sido vista com o filho do procurador e já que isso pode levar a um relacionamento sério (trad.: casamento) ele sugere à Procurador Ji que ponha freios no filho. 

Enquanto isso Park-sa esteve ao leito de Soo Min, cuidando dela. Algum tempo depois ela acorda assustada e pergunta o que acontecera consigo.


Park lhe diz que ficará bem e pergunta por que ela não sai dessa vida. Soo Min não tem tempo de responder, pois seu telefone toca. É Jin Sook que preocupada, retornara ao escritório e encontrara tudo revirado. Soo Min diz que escapou por pouco embora tenha se machucado. E depois de confirmar que pegara o envelope, desliga.

Imediatamente Soo Min se vira para ele e pergunta o que fazia no escritório de Jin Sook, mas ao invés de responder ele ralha com ela dizendo para sair desse mundo, será que ele não fora claro o suficiente quando disse que ela não seria capaz de aguentar?

Soo Min não fraqueja e começa a contar a história de uma unnie que ela tivera uma vez, para desespero de Park que só falta revirar os olhos. Ela diz que a sua unnie a ensinou a viver nesse mundo, falando sobre a metáfora do mundo ser um espelho. Hum acho que já ouvimos isso em algum lugar... 


Park-sa é pego de surpresa pelas palavras de Soo Min que continua recitando cada palavra que ele mesmo dissera uma vez. Enquanto fala que por causa desse lema sua unnie vivia sorrindo ela deixa de ver a reação de Park-sa que por pouco não cai duro no chão. Por causa desse mundo, sua sorridente e inocente unnie morreu, diz Soo Min, por isso ela não pode deixar essa vida. Por vingança.

♪Everyday – Jo Jeong Hee♫

Anoitece e finalmente Soo Min tem forças para ficar de pé. Ela pergunta à Park-sa se ficando nesse mundo ela dificultará as coisas para ele. Park diz que provavelmente. Eufemismo do ano. Ela então parece decidir-se por algo e pede a ele que não se machuque.

Soo Min: Ajusshi. Gangster Ajusshi. Jung Shi Hyun. Shi Hyun-ah. Shi Hyun-oppa.
Depois de chamá-lo de todas as formas (níveis de intimidade) e satisfazer a própria vontade, ela lhe dá adeus e vai embora. E assim que a posta se fecha, Park solta o ar que eu não tinha ideia que ele estivera prendendo esse tempo todo. Caramba, como esse cara consegue viver? 


Jin Sook pelo menos parece muito aliviada ao se encontrar frente a frente com Soo Min viva e inteira, mesmo que a cara dela diga o contrário.

Hyun Min leva Joo Young até a unidade e a trata como uma irmã, mostrando o local e até mesmo apresentando-a ao Promotor Ahn. Á sós, ele vai direto ao ponto e pergunta quem a mandou ir atrás de Ahn. Ela primeira nega saber do que ele está falando, mas ao ouvir que essa pessoa esteja envolvida na morte de Kyung Mi, Joo Young diz apenas saber o nome do homem como Presidente Jung.


Park-sa vai até a casa de Kyung Mi e dá de cara com a parede da investigação de Soo Min e Hyun Min. Ele também não passa despercebido pela foto das duas irmãs juntas. Enquanto isso na unidade, Promotor Ahn, tenta justificar seu vicio em drogas além do envolvimento com Joo Young para Hyung Min. Os dois são interrompidos por um telefonema. É Park-sa-adeul.

Ele simplesmente manda que o detetive aborte a missão que deu a sua agente disfarçada, porque ela vai morrer. E para dizer que não está brincando ele dá o nome todo da coitada: Yoon Soo Min.


Desesperado, ele manda que o número da jovem seja rastreado e assim que consegue falar com ela, manda que ela vá até ele, pois ela foi descoberta por Park-sa. Ela tem sorte e força suficiente para aguentar a pressão até chegar a casa de Kyung Mi, onde Hyung Min a estava esperando e acaba desmaiando na frente dele.

Jin Sook vai até o QG de Safari e solta comentários venenosos à Kim Bbong e Eun Soo antes de ir ao que interessa. Ela pergunta se ele pediu perdão à Park e ele diz que ficou de joelhos e implorou. HAHAHA #SQN. Jin Sook diz que ele precisa ajudar e não ferrar com o plano, afinal de contas eles estão lidando com Pusan.


Safari aproveita e pergunta se foi Jin Sook que andou dizendo para Park que fora ele o culpado pela morte de Min Hee. O simples comentário ao nome de Min Hee deixa Jin Sook em alerta e pressiona Safari por mais detalhes.

Eun Soo tenta dar o bote em Jin Sook na saída, mas acaba que é ela quem quase termina o dia com o rosto retalhado. Os compromissos de Jin Sook ainda estão longe do fim já que ela segue para o escritório de Superint. Min. Ela pergunta se ele quer ou não pegar Pusan e Min diz estar tentando.

No entanto, ele diz para ela parar e deixar esse mundo assim que ela pede informações sobre Pusan. Ela se irrita e repreende a si mesma por ter criado expectativas indo até ele. Superint. Min tenta segurá-la perguntando o que ela lhe dará em troca da informação sobre Pusan ao que Jin Sook joga em sua cara que ele é exatamente esse tipo de FDP e pergunta se foi ele quem disse à Shi Hyun (aka Park-sa) aquelas besteiras sobre Min Hee e Safari.


Ele nega, mas ela não se deixa enganar, indignada que ele queira usar o rapaz como a usou uma vez. Min se defende dizendo que a última vez que viu Shi Hyun ele tinha 15 anos. Wow, esse mente que nem sente.

Ainda investigando, Hyung Min descobre que Chefe Yang e Safari ambos trabalharam no mesmo período no departamento de Narcóticos. Ele pressiona Chefe Yang a dizer quem está por trás disso tudo e quem mais aparece para interromper os dois se não o culpado; Superint. Min.

Adivinhando o momento, Superint. Min confessa que mandou Safari em missão e que mesmo depois de tudo ele ainda foi útil à Polícia por ter feito Pusan mostrar suas garras. Ele diz ao detetive que essa é a chance que eles têm de pegá-lo. Hyung Min fica inconformado com a atitude do superintende e pede que pelo menos seja informado da próxima vez que outro agente disfarçado se rebele.


Com a ajuda de um comentário de Chefe Yang, que o esperava do lado de fora da sala onde ele e Min estiveram conversando, Hyung Min descobre que há uma ligação entre Jin Sook, Min e Safari.

Superint. Min e Park voltam a se encontrar. O policial revela que Hyung Min está suspeitando dele para surpresa de Park que fica em uma sinuca de bico quando o superintendente diz que poderia revelar tudo para Hyung Min sobre ele, mas ao custo das cabeças de Jin Sook e Soo.

Park diz que eles ainda têm tempo antes que tudo venha a luz já que ele tomara tudo para si e fará Pusan sair do esconderijo de vez, para desespero de Min que não parece contente com Park ainda mais quando ele pede mais informação sobre o inimigo. Muito embora ele revele que a Promotoria está por trás de Pusan e que existe a possibilidade de um político muito influente também estar ajudando. Park não poderia ficar mais contente.


Safari e Park então se encontram também. Safari tenta jogar conversa fora, mas vendo que Park não está no clima explica que Pusan tem muitas ligações com gente importante, praticamente impossível de rastrear o que faz com que ele possa se livrar de seus inimigos sem se importar em ser pego.

Cheo-ul é outro que se vê no meio da caça promovida por Pusan, e é um dos poucos que tem o privilegio de se explicar frente à frente com o Presidente. Pusan não quer saber de desculpas, só quer o motivo pelo qual Cheo-ul passou para o outro lado e para dar uma ajudinha, Phan-mok dá uma tacada literal na cabeça de Cheo-ul com um de seus tacos de golfe. Essa frase é tão engraçada, mas seu for explicar vai tomar um parágrafo inteiro.


Park recebe uma ligação de Cheo-ul pedindo para ir vê-lo. Cheo-ul pressiona várias vezes e finalmente diz que descobriu informações importantes a cerca de Pusan o que faz Park se mover imediatamente, só para no segundo seguinte se dar conta de que algo está errado.

Park pergunta se Pusan está com ele e ao receber negativa diz que não irá aparecer ao que Cheo-ul comenta que ele é esperto demais para cair nessa e pede que ele cuide de seu filho. Descoberto, Pusan faz Park ouvir pelo telefone a garganta de Cheo-ul ser cortada, deixando claro que ele é o culpado. Park ouve a tudo em desespero e raiva e vai até Soo e Jin Sook para confirmar que eles precisam acabar com Pusan.


Na manhã seguinte Park, novamente sob o disfarce de Presidente Jung, entra em contato com Promotor Ahn e pergunta abruptamente a quem ele serve. Ahn fica nervoso com a ligação e sugere que os dois se encontrem, mas a ideia não passa de uma emboscada já que Ahn repassa tudo para Hyung Min que imediatamente arma com o resto da equipe.

Park vai ao local combinado, mas sente que algo está errado, chegando inclusive a reconhecer Chefe Yang de quando fora preso muitos anos atrás. Ele entra no restaurante junto com um grupo de senhores e passa despercebido pelos outros detetives. Park telefona para Ahn confirmando que ele está na cabine 27. O promotor fica ansioso e se aproxima da porta tentando ouvi-lo se aproximar.

♪Sharpen the Knife – Nam Hye Seong, Kim Hee Jin♫


Ahn se vira respirando fundo e Park aproveita a oportunidade, enfiando as mãos pelo papel de arroz e segurando Ahn pelo pescoço, uma faca na outra mão. Hyung Min deixa a cabine ao lado e apontando uma arma pergunta se ele é Park-sa-adeul. Sem responder, Park revela uma parte de seu rosto, olhando através da fresta da porta entreaberta.


COMENTÁRIOS

Parece que finalmente Park está pronto para dar à Hyung Min um voto de confiança. Isso, ou ele endoidou de vez.

Depois de sofrer por antecipação ao que viria depois de sua declaração de que estava tudo acabado no episódio anterior, imaginei que poderíamos vir a encontrar um novo Park, muito mais frio e cruel, incapaz de voltar atrás. Entregue ao lado negro da força ou seja lá como devo chamar.

De certa forma vemos um novo Park, só que não aquele que anunciava o último episódio. O Park com o qual lidamos agora é um homem certo de que perdeu tudo, e que não tem ideia se sequer teve algo de certo em sua vida alguma vez. Por isso, este novo homem está disposto a puxar os limites e testar sua sorte para pelo menos derrubar aquele inimigo que ele sabe, merecer ser derrubado custe o que custar.

Ele está tão disposto à derrubar Pusan que se colocará na linha de tiro para fazê-lo sair da toca e se tornar alvo fácil. O que não sei ao certo é o que ele pretende com Hyung Min? Está ele tentando descobrir se vale a pena tentar uma parceria com o rapaz, ou está ele querendo saber até onde o detetive pode estar também envolvido com a máfia por trás de Pusan?

Pelo que vemos ambos os homens lutam pela mesma verdade, com métodos relativamente similares, partilhando inclusive dos mesmos princípios. A diferença está como muito bem colocou Safari neste episódio, em como você vê esse mundo. A verdade é que para entendê-lo por inteiro é necessário cruzar aquela linha imaginária entre os dois, infelizmente atravessar essa fronteira sela para sempre o seu destino como um caminho sem volta, pois não há saída nem meios de se voltar por onde entrou, ainda que você seja possa ver a trilha iluminada.


E uma vez dentro a lei não existe e nada mais do que se conheceu antes existe. As dualidades são uma só é tudo gira em torno de salvar a própria pele. Quantas e quantas vezes não vimos as pessoas mudarem de aliança em nome da sobrevivência?

Ainda que possamos dizer que há um pouco de ganância, vaidade e poder e medo, no fim a cartada final é sempre pela vida. Será por isso que a morte iminente provoca nossos personagens à balançarem em frente as suas maiores verdades num breve momento de fraqueza. Cheo-ul nos te entendemos e por isso, também diremos adeus. Não um adeus à la Soo Min, cheio de nuances, mas um simples adeus

Sei que não é certo, mas pelo menos não terei que ver as coisas abomináveis que você costumava usar. Por isso em nome do bom gosto, vamos com as combinações top do dia. 





Fonte: jTBC/moojeong
 
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