abril 27, 2013

Nine: Episódio 6

Um dos episódios mais sólidos e condizentes desta produção, não que os outros não sejam, claro. Mas se levarmos em consideração que estamos reconstruindo toda a saga de Sun Woo a partir desse momento, apresentado um mundo novo para todos nós que estivemos junto com ele em sua jornada, e ainda assim mantiveram a mesma consistência de caráter (nos personagens), edição, roteiro e direção, era minha obrigação vir aqui e apontar tudo isso. É um mundo totalmente virado do avesso embora seja o mesmo.

RECAP EPISÓDIO 6

Sun Woo deixa escapar a frustração que sente ao ouvir Min Young falar sobre o Nepal como se nada entre eles tivesse acontecido – o que é verdade, pelo menos nessa nova realidade. A campainha toca e os interrompe. Min Young vai atender e se aborrece com quem está lá fora. O interfone mostra que é Suh Joon.


Envergonhada, ela informa que cancelou um jantar com a pessoa lá fora para ficar ali com ele. Sun Woo pergunta de quem se trata e descobre que é o namorado dela. *BAM* esse é o som de um coração caindo ao chão. Ao perceber a expressão infeliz do jornalista ela resolve despachar o namorado e sai. Sun Woo nota que o LP ainda está tocando (I Have Nothing, a faixa 2) e retira o braço com a agulha, parando o som.

Do lado de fora, Min Young e Suh Joon conversam. Ela fala sobre sua falta de maneiras aparecendo na casa dos outros, sem avisar e sem nem conhecer o dono e ele admite que queria apenas uma desculpa para vê-la. Aw, ele é adorável, mas ainda sou Time Sun Woo.

Eles entram e Suh Joon, falastrão e nervoso, se apresenta para o samchon, ciente de que tem muitos motivos para querer impressionar Sun Woo; ele inclusive se oferece para consultá-lo, sabendo que ele passou mal recente. Sun Woo afirma estar melhor, encerrando o assunto.


Tonto nada, o médico residente se convida para jantar com eles, para o embaraço de Min Young. Sun Woo, no entanto, pede que ela saia para jantar com o médico já que não está com apetite e deixa os dois sozinhos, indo para seu quarto. Da janela, ele ainda consegue ver o casal saindo todo feliz. Oh, você quer um abraço bebê?


Mais tarde, Min Young retorna e ao notar a porta de Sun Woo entreaberta, não resiste e entra. Ela se surpreende ao encontrá-lo acordado sentado em silêncio na poltrona. Ele rapidamente limpa o suor de sua testa e esconde várias embalagens de seu coquetel de comprimidos. Uh, não gosto disso.

Ela pergunta o que ele achou de seu namorado, enfatizando que sua opinião é muito importante sendo ele a única pessoa imparcial e objetiva da família. Ele diz não saber, tendo passado pouco tempo com o rapaz, mas afirma que ele deve ser uma boa pessoa se Young Hoon foi quem o apresentou. A resposta deixa a jovem feliz e ela vai embora sorridente agora que alguém sabe seu segredo e a apoia em sua escolha. A reação de Sun Woo depois que ela sai, é de partir o coração.

No corredor, ela se lembra de algo e volta lhe perguntando por que não foi dormir, se ela foi embora porque ele disse que queria descansar. Em resposta ele diz que não conseguiu, pois se sentia sozinho. Pode apostar amigo. Ela ri, notando que isso não condiz com ele.


Ele a ignora e continua a abrir seu coração dizendo – mais para si mesmo – que agora que ela não está por perto, ele se sente sozinho. Min Young capta que ele está falando de alguém e surpresa, começa a enchê-lo de perguntas dizendo que não vai embora até que ele conte tudo. Em seguida pergunta se ele tinha uma namorada.

Ele aquiesce e confirma, o que a faz exclamar que ele é um traidor; pior do que ela e sai atirando mais perguntas, toda curiosa. Mas dessa vez ele se nega a responder e ela finge que não está nem ai, se eles terminaram, não há porque saber quem é ela.


Mesmo assim, Min Young continua perguntando e chega a conclusão de que isso deve ter acontecido enquanto estava no Nepal, ou teria notado alguma coisa. Confiante de sua suposição ela volta a perturbá-lo, querendo saber mais. E pergunta por que eles terminaram e se ele se sente tão só porque não vai atrás dela. Sun Woo respira fundo, fica em silêncio por um momento e finalmente responde. Ele diz que a garota não se lembra dele e Min Young pergunta o motivo.
Sun Woo: Amnésia.
Min Young: Quê?
Sun Woo: Você não sabe o que é amnésia? Ela aparece nos dramas o tempo todo. É a doença mais comum do mundo.
LOL. Há. Sério, eu amo Sun Woo e quem escreve suas falas.


Ela se irrita, achando que ele está tirando onda com sua cara e reclamando, qual o problema dele com essa história de Viagra e amnésia?! Ele então pergunta por que ela quer saber se não acredita no que ele diz. Min Young pergunta então se é verdade e ele diz que sim.

Ela então finge considerar a possibilidade por um momento e opina que tudo o que ele tem que fazer é esperar que ela recupere sua memória e se isso não acontecer, ele simplesmente começa tudo de novo com a garota. Ao que Sun Woo diz que é errado para os dois se verem novamente.
Min Young: Quê?
Sun Woo: Eu pensava que éramos apenas estranhos, mas acaba que somos família. Você não sabia? Isso está o tempo todo nos dramas também. Segredo de nascimento.
Ele sorri depois de dizer isso e Min Young se irrita novamente com ele que fica brincando quando ela quer falar sério. Oh bebê, você não tem a menor ideia do quão sério ele falou agora.


Dias depois, 30 de dezembro de 2012 para ser exata, encontramos Young Hoon sentado com sua esposa em um parquinho, parecendo deprimido. Ela reclama que ele parece um velho e duvida que ele tenha a mesma idade que Sun Woo. O médico ignora o comentário e pergunta por So Ra, a amiga que apresentou os dois e que estava de namorico com Sun Woo. Ah sim, a garota do cinema. Caramba, parece até que a minha memória é que foi apagada.


Ela conta que So Ra se casou e divorciou três vezes, mas não sabe muito além disso, pois não tem mantido contato. Young Hoon suspira e contempla como as coisas são curiosas, Sun Woo e So Ra que se gostavam tanto, acabam terminando e eles dois se casaram e tiveram dois filhos. Há, isso soa como se ele estivesse meio arrependido.

Voltamos para 92, So Ra e Sun Woo marcam um encontro pelo telefone para o dia seguinte. Ele sugere irem para Chuncheon, mas para isso terão que pegar o trem bem cedo e So Ra sabendo que sua mãe não vai deixá-la ir sozinha, tenta convencer a ir junto sua amiga ali ao lado, Eun Joo, que vem a ser a esposa de Young Hoon, que por sinal está dançando a coreografia de Nan Arayo (a mesma música que Seo Taiji and Boys tocava naquela vez que Sun Woo voltou no tempo, dentro do camarim).


Ela recusa não querendo segurar vela para ninguém e So Ra adiciona que ele levará um amigo também. Isso faz Eun Joo desacelerar o suficiente para querer saber quem é o amigo. So Ra comunica: Han Young Hoon, classe 7. Eun Joo faz cara de horror e exclama: “Aquele lerdo?!” (lit. kumbengi).

Corta para Young Hoon sentado na sala de estudos quase sendo enforcado por Sun Woo. O garoto se recusa a ir com eles, mas Sun Woo tenta convencê-lo dizendo que a amiga de So Ra é bonita e ele poderia conseguir uma namorada, se o ouvisse. Young Hoon meramente treme os lábios em resposta, como quem diz tá, sei. Como os dois acabaram se casando está além da minha compreensão.

O amigo aproveita e pergunta o que diabos significa aquele cartão de natal, mas Sun Woo, desentendido, pergunta porque ele enviaria um. Young Hoon procura pelo envelope e de repente, Sun Woo se pega lembrando de outra situação estranha e recente. Flashback. Tendo voltado do cinema na Véspera de Natal, Sun Woo encontra sua mãe na sala assistindo a televisão e pergunta por seu amigo acidentado. E depois agradece pelo cordão dizendo que é bem o estilo dela. Ele sorri desconcertado e confuso, mas não a contraria.


Ele sabe que também não comprou o cordão e bem nessa hora, Young Hoon encontra o envelope e lhe mostra, o que arranca uma expressão de surpresa do garoto ao reconhecer a própria caligrafia.


E de volta a 2012, Sun Woo está entrando no hospital para visitar sua mãe catatônica. Ele carrega a conversa sozinho e o único sinal que ela dá de vida é quando ele toca no tal cordão em seu pescoço e ela o pega de volta.

Ele pede desculpas por ir sempre sozinho, embora diga que logo trará outras pessoas para vê-la também. Por coincidência é nesse momento que ele ouve a voz de Min Young e nota o resto de sua família se aproximando de braços dados. A jovem vem com um presente para sua avó e nesse meio tempo os irmãos trocam algumas palavrinhas.

Depois Sun Woo se afasta para comprar um café e os observa de longe. Jung Woo se aproxima e pede um energético. Ele parece sinceramente preocupado com a saúde do irmão ao notar que ele não parece bem e o mero toque de hyung em seu rosto o faz relembrar a última vez que o viu vivo – naquele futuro paralelo que se foi.


Jung Woo então resolve marcar uma consulta para o irmão. Ao anotar a data em seu celular ele acidentalmente derrama em si mesmo a bebida que tinha nas mãos e sem pensar puxa a manga de sua camisa (o que acho desnecessário) na hora de se limpar. Para seu azar Sun Woo nota as marcas de agulhadas em seu braço, contudo ele explica que são apenas algumas injeções de vitaminas que vem tomando por causa de seu trabalho exaustivo.

Yoo Jin interrompe a conversa e a visita termina. Os irmãos voltam juntos e durante a carona, Sun Woo acaba por encontrar um frasco de medicamento injetável (Propofol?), que ele disfarçadamente coloca em seu bolso. Ele sonda o irmão, querendo saber se há problemas, mas Jung Woo afirma não ser nada demais. Não me diga que ele também está morrendo?


Na cena seguinte a família Park se reúne em frente à urna funerária de Papai Park para o seu aniversário de morte. Yoo Jin comenta que essa é a primeira vez que fazem isso no dia certo e Jung Woo demonstra certo desconforto como comentário. Se sentido culpado, por acaso?

Ela surpreende o cunhado ao revelar que Papai Park foi vê-la uma vez. Flashback. Vemos Papai Park visitar Yoo Jin na loja (e ao fundo toca Open Arms de Journey). Em um lugar mais reservado ele fala que jamais poderá aceitar a relação dos dois, e ela confirma em narração que de tanto medo que sentiu, resolvera desistir de Jung Woo – que por sinal, se retira do recinto ao ouvir isso.


Sun Woo aproveita a oportunidade e pergunta a Yoo Jin se hyung teve algum problema com drogas enquanto esteve nos EUA. Ela se surpreende que ele saiba disso e confidencia que ele foi diagnosticado com bipolaridade e sofre com insônia. Pela sua posição, era fácil conseguir o medicamento, mas como ele foi descoberto, acabou tendo de mudar de emprego. Close nas datas impressas na urna.


Mais tarde no mesmo dia, Presidente Choi convoca uma conferência de imprensa para dar esclarecimentos sobre as acusações feitas pela CBM. Todos na redação do jornal assistem à seu discurso.

Diretor Oh se reúne com Sun Woo enquanto observam a conferência. O diretor desliga a TV e avisa ao âncora que ele será substituído no jornal, depois de saber que ele desmaiou. O jornalista replica que ele lhe havia dito para morrer na redação se fosse preciso, mas Diretor Oh está preocupado demais com a saúde de Sun Woo para fazer piadas e pede que ele vá ao hospital se tratar. Awn~


Assim que Diretor Oh sai, o celular de Sun Woo toca. É Presidente Choi. O jornalista avisa que está gravando o telefonema, mas o médico diz que não importa já que Sun Woo deve estar feliz com todas as complicações que criou para ele. Sun Woo está prestes a desligar o telefone, levemente irritado que ele tenha lhe ligado depois de beber umas.

Choi não perde tempo e pergunta se ele pensa que ele é o assassino de Papai Park. A pergunta pega o jornalista de surpresa e ele congela. O Presidente afirma que não foi ele, mesmo que muitos ainda suspeitem.

Flashback. Vemos o corpo de Papai Park sendo levado e os policiais isolando a cena do crime, procurando pistas e averiguando os documentos que permaneceram intactos. Presidente Choi narra ao fundo que fazia sentido que ele fosse considerado suspeito já que estava desviando fundos do hospital e usando o nome de Park para forjar contratos e mais outras tantas ilegalidades desde tipo. (In)felizmente o médico tinha um álibi para aquela noite.


De qualquer forma, não se encontrou provas suficientes para acusá-lo e ele foi liberado das acusações. Presidente Choi conclui que isso é óbvio, já que ele não matou Dr. Park. Sun Woo lê nas entrelinhas e pergunta se Choi está admitindo que não matou Dr. Park por que mandou alguém matar. Choi apenas reafirma sua inocência.

Para Sun Woo, Presidente Choi está tentando fazer com que ele desista, mas Choi afirma que não está implorando perdão ou qualquer outra coisa; essa conversa toda foi apenas um aviso. Se ele quer continuar com isso, então que se prepare, pois haverá troco e ele sairá vencedor. Sun Woo não se intimida e apenas lhe dá o sinal para ir em frente se quiser, ele mesmo não tem nada a perder. TOMA!


Presidente Choi se exalta e começa a gritar ao telefone e Sun Woo muito calmamente comenta que deve ter sido muito difícil chegar ao topo se ele está assim agora que está prestes a descer. Choi, ainda exaltado, muda de tática e diz que Sun Woo não sabe de nada, ele era apenas uma criança. Ele então diz que terá apenas que verificar então quem matou mesmo seu pai e se no fim descobrir que Choi não teve nada a ver, irá se desculpar por ter feito má ideia do Presidente por tanto tempo.

O médico não entende o que ele quer dizer, mas o jornalista afirma que em duas horas lhe telefonará de volta. Peraí, ele vai voltar para ver quem assassinou seu pai? Sun Woo-ah, tem certeza que você quer mesmo fazer isso? Ele deve ter, porque logo em seguida pede ao colega jornalista que lhe arranje várias micro-câmeras.


Passeando de volta à 1992, pegamos Choi conversando novamente com o misterioso Sr. Oh, dessa vez ele manda que o médico se livre de Dr. Park, se ele continuar no caminho. Vemos o medo estampado em seu rosto e talvez seja por isso que ele vai até Park tentar mais uma vez convencê-lo.

Papai Park é um homem sério e nem sequer deixa que Choi fale; ele não aceitará dinheiro de origem escusa e se ele continuar com isso até depois do Ano Novo, ele não deixará mais passar. Ao que Choi diz que alguma coisa pode acontecer até lá. Park pergunta o quê, e Choi se dá conta do que disse e minimiza dizendo que não é nada.


Enquanto isso em 2012, Young Hoon se pega lembrando de um telefonema que recebeu de Sun Woo. Depois de passar mal ele telefonara para o amigo, reclamando ter piorado recentemente, mesmo com o limite de 3 meses de vida normal. Sun Woo concluíra que a culpa fosse dos incensos, pois sempre que acendia um, sentia que sua vida ficava mais curta. Então usa logo um deles para se salvar! *arrancandooscabelos*

Ainda no mesmo telefonema, o jornalista comenta sobre o vicio do irmão em Propofol e chega à conclusão de que hyung provavelmente queria fazer algo mais além de recuperar sua chance de viver com Yoo Jin, no caso, salvar Papai Park. Sun Woo fará isso por ele, mesmo que os efeitos colaterais aconteçam – aqui ele se refere a sua doença.


Young Hoon pergunta pelos efeitos colaterais do destino, i.e. se algo mais mudar, por exemplo, Min Young. Isso faz com que Sun Woo pare um pouco e escute ao amigo, que segue desesperado tentado fazer com que ele tente pelamordeDeus se salvar – não é um pecado querer viver! Wah, alguém coloca o Young Hoon para escrever o próximo episódio do dorama, sim, sim?!


O médico diz ainda que trazer pessoas mortas à vida, está fora das mãos de ambos, ele (Sun Woo) mais do que ninguém, homem lógico que é, deveria saber disso. Sun Woo afirma entender, mas como pode não fazer nada sabendo que em pouco tempo seu pai será morto e ele tem como mudar isso?

Young Hoon pensa nisso também, enquanto anda de um lado para outro de seu consultório e se assusta ao ver Suh Joon que acaba de entrar. O residente pede que ele assine outro prontuário e nota a mão do sunbae tremendo. Do nada, Young Hoon pergunta o nome da namorada de Suh Joon. Ele diz: “Hum? Min Young? Park Min Young” e o médico respira aliviado que nada mudou. Ainda. HÁ!


Sun Woo prepara toda a parafernália que pretende usar na sua investigação e acende outro incenso, justo no momento em que Min Young toca a campainha. Ela sabe que ele está em casa e como ele não vai atender a porta, ela entra. E se preocupa quando nota que a porta de seu quarto está trancada e ele não responde.

De volta à 92, Sun Woo encara seu eu adolescente dormindo, e o cutuca para que ele acorde. QUÊ?! Cara, será que eu tenho que soletrar para você, C-O-M-P-L-I-C-A-Ç-Õ-E-S M-E-T-A-F-I-S-I-C-A-S, outra vez?


Sun Woo/92 acorda, se depara com um cara estranho em seu quarto e prestes a gritar, tem sua boca tampada por Sun Woo/2012 que depois de comentar “há quanto tempo não nós vemos” (LOL) diz que é um prazer conhecê-lo (LOL²) e se apresenta como Park Sun Woo. A carinha de Sun Woo/92 diz tudo: WTF?

COMENTÁRIOS

Vamos combinar que Sun Woo e sua beleza são de fato um bom motivo para vermos esse show, mas aliados a todas as outras partes que compõem essa produção, o transforma em obrigação religiosa de toda segunda e terça. Estou apaixonada e completamente comprometida.

A consistência com que essa história vem sendo conduzida é impressionante. Nine - e Sun Woo por extensão - parece não ter medo de pegar atalhos, mais duvidosos do que certos, no meio do caminho e ao se deparar com as consequências as encara de cabeça erguida, como o mais nobre dos heróis nobres que a Dramaland já viu. Não sei se choro, se bato palmas, se me descabelo, distribuo beijos ou tudo junto ao mesmo tempo.

Depois de brincar de ser Deus, trazer uma pessoa de volta à vida e modificar em dimensões trágicas seu futuro e o futuro daqueles ao seu redor, Sun Woo foi quem mais saiu prejudicado na equação final e ainda sim, não satisfeito, resolve que ainda precisa fazer mais e não para desfazer o que saiu errado em sua mais recente tentativa. Ele pretende corrigir outro acontecimento, mesmo sabendo que ao fazer isso, o tiro pode sair pela culatra e o futuro tomar novos rumos.

Amo o fato de que tanto Sun Woo quanto Young Hoon, as personagens mais lógicas, capazes e acima de tudo, homens que trabalham em cima de fatos, sejam aqueles que a autora escolhe para conversarem sobre as ramificações físicas, psicológicas, metafísicas e sei-lá-mais-o-quê do que significa o tempo, o destino, a vida e a morte.


É interessante esse paralelo que os dois traçam entre os incensos e o Fruto Proibido, ambos símbolos de conhecimento e objeto da perdição de Sun Woo e Eva, respectivamente. O que mais se podia esperar de Sun Woo sendo ele apenas humano?

Young Hoon por outro lado, não questiona exatamente a falha de Sun Woo como sua condenação. A condenação do jornalista vem no fato de que ele não está fazendo uso dos incensos para aquilo que o médico imagina ser o verdadeiro motivo pelo qual ele fora presenteado com o objeto; se salvar.

Então no fundo o verdadeiro pecado de Sun Woo é não estar fazendo aquilo que deveria e, portanto, sua punição é ter sua vida encurtada cada vez mais rápido, tanto um lembrete de sua verdadeira missão (Se salve, se salve!) como uma alerta do que será cobrado caso ele venha a ignorar tudo isso. Brilhante!

Outro detalhe que também prendeu bastante minha atenção foi o significado que o Destino está tomando nessa história. Sabemos que em muitas culturas o Destino é quase – ou mais – do que Deus em si, por isso mesmo não adianta nada que tentemos mudar o curso de nossas vidas, quando aquilo que deve acontecer, acontecerá de qualquer forma.

Sun Woo está a beira da morte desde o inicio e a possibilidade de ter Min Young ao seu lado já era pequena quando tudo o que os impedia era um TUMOR CEREBRAL MALIGNO. Imagine agora que temos um laço familiar ligando os dois?


No futuro original Jung Woo dava sinais de que não era um homem estável e possivelmente teria se envolvido com drogas, o fato de que mesmo tendo uma vida melhor nesse futuro paralelo ele ainda busca refúgio nas drogas, não é outro indicio de que não se pode mudar o que está destinado a ser?

Afinal, o que Nine está querendo nos dizer? Será Deus, será o Destino? Ou será os dois juntos e vamos descobrir que no fundo, no fundo, não era para ser? Ou era para ser e se Sun Woo apenas acendesse mais um incenso e se livrasse desse maldito TUMOR teríamos o final feliz do nosso OTP, mesmo que todo o resto continuasse o mesmo?

Por enquanto, vou aonde essa história me levar. Continuo fazendo mais perguntas do que tenho respostas e isso é bom, pois significa que Nine está me fazendo questionar mais do que simplesmente a luz em cena, ou a forma como uma fala foi dita, ela me faz questionar os princípios básicos entre o que é real e o que é fantasia. E no meu tear, quando isso acontece significa que o fio que corresponde a essa história, está aqui para ficar marcado no meu destino.

Mesmo que eu não tenha a menor ideia se no fim, estarei sorrindo ou praguejando por entre minhas lágrimas, pois essas, de certeza fazem parte do contrato que assinei junto com nosso herói no momento em que ele acendeu aquele primeiro incenso.

Imagens: tvN/9 

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